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Quanto menor a letra, mais firme a convicção: a escrita abrirá outros poros na areia da existência.

 

Vem o vento e tampa os buracos e muda a estação e eu não estou nem aí para as sábias mudanças previstas no Calendário dos Previsíveis.

 

Já disse e repito:


– Curto mesmo são as frases da lua, as orações do ano e, principalmente, o intervalo em que as andorinhas encontram os pardais, ao fim do dia, para conversar sobre as migalhas do caminho, o farelo cinza dos fios elétricos.

 

Caderno Azul, 2021.p.44

...

 

 


Página 16

Para encarar o próximo mar, resolvi escrever um pouco sobre o que me atrai ou talvez mais sobre aquilo que me distrai.


Descobri recentemente que há elos inesquecíveis do meu outro eu no corpo presente.   


E por que dessa insistência em juntar os elos desconhecidos da minha pessoa? Essas partes querem se conhecer e a única forma de urdir as lacunas, colar as pelas é escrevendo.


A vida tem ateado tanto caos. Pensar tem sido pretexto para não existir.

 

Página 25

Queria que a decadência fosse um quadro gigantesco. Um quadro pintado por todos os sobreviventes deste tempo.


Quem sabe assim, pintando as fraquezas, dúvidas, dívidas e derrotas, a gente não se sentiria mais HUMANO?  

Página 34

Exposição da cicatriz, da falta, é o que defendo no momento. Eu cansei da vida cheia de filtros, contornos, impulsionada pelo gesto mecânico, vazio, da pressa dos ângulos editáveis do mercado.  


Por que no meio de tantas mentiras ser sensato virou motivo para descrédito, repulsa e cancelamento?


Qualquer linha mais substantiva da arte provoca reações catastróficas: “Isso vai causar mimi!” Nossa! Esse tema está pesado demais! Aí você foi brabo”, entre outras expressões passageiras da superfície.

Em que mundo sobrevive esse povo? Quer dizer que a arte só pode ser leve? Eis o templo das gourmetização, do romantismo que só agrada a maioria. E nesse rolo de desinformações, de valores esquizofrênicos o que gera status, escala negócios é o pacote das ilusões:  vida fácil, dinheiro fácil, fama a qualquer custo.


Só o resultado importa?

Página 52

Posso estar enganado, mas sinto que este tempo implora por um pouco mais de expressões sinceras, por manifestos pela união de todas as classes, credos; carece de protestos pelo direito à vida digna... de todos!


Ou posso apenas estar muito enganado mais uma vez. Você também está se sentindo assim... na contramão dos extremos?

 

Série de textos: Caderno Azul


... farelos por aí ...

              

               Ontem, tirei o dia para escrever, mas não aqui. Por isso da minha ausência.  

A compra de um novo caderno azul, brochura, de capa dura, deu um toque especial ao novo projeto.  

No relógio, 07:16, é domingo! Dia de corrigir prova e preparar aula e ajustar planilhas e saltar de plataforma.

Gostaria de ter começado a manhã com uma caminhada, saudade!  Mas estava sentindo muita dor no pé: consequências fascite plantar.  

Adiantei o reforçado café da manhã para tomar uma cápsula de nimesulida. Não quero terminar o dia com dor, já basta a dos pensamentos. Não é mesmo?

 

Abraços,

 

... farelos por aí ...

 

25 de abril de 2021

domingo, 25 de abril de 2021

 


O dia de ontem foi muito apertado e terminou com flashes da obra 1984, de George Orwell.

 

Quinta-feira meio pancada. Não dormi direito e as obrigações tomaram meu sono com vodca. Acordei com ressaca de tanto cansaço.  

 

O motivo disso tudo deve ter sido minha ausência por aqui. Eh! Fiquei sem escrever e isso também me deixou mal.

 

E no meio de todo aquele caos, duas alunas me solicitaram uma carta de recomendação. Estou pensando em cobrar por esses serviços. É brincadeira.

*  * *

Acabei de postar um vídeo nas minhas redes sociais com essas hashtags: #defendaolivro #naoataxacaodoslivros #viradaolivro

 

Hoje é o Dia Mundial do Livro e no Brasil de 2021 alguns genocidas do governo federal apresentaram uma “proposta de reforma tributária em relação aos livros, que hoje são isentos de impostos pela Constituição Federal de 1988 e, desde o ano de 2014, têm alíquota zero de PIS/Cofins, passariam a ser taxados em 12% pela Contribuição de Bens e Serviços (CBS)”.

 

O que você acha disso?

 

 

Abraços,

 

... farelos por aí ...

 

23 de abril de 2021

 


Pela hora que publiquei o último texto, fica claro imaginar que virei vinte-vinte-um entre planilhas e formulários do colégio.

 

Despertei-me por volta das 07h e passei manhã/tarde, corrigindo tarefas escolares de uma série: “Museu da vida”. Uma experiência incrível.

 

Após o café da tarde, uma pausa da tela, escrevendo esta página de diário com a caneta rosa de ponta 1.0.

 

Manuscrever é uma forma de sentir saudade dos quadros brancos, das provas, bilhetes e cartas.

 

Bem, vou ficando por aqui. Outras páginas me aguardam.

 

Abraços,

 

... farelos por aí ...

 

quarta-feira, 21 de abril de 2021

 


 

 


Por volta do mês de outubro de 2020, comecei a escrever aqui de modo ininterrupto. Precisava me aquecer para a composição de um ensaio com mais de 45 páginas.


Consegui cumprir o objetivo, entregando a versão final da encomenda no início de novembro. Uma experiência incrível, sobretudo na perspectiva das cifras. Adoro ser contratado para escrever sobre Literatura.

 

Para quem tem interesse de viver da escrita, esse é um dos caminhos, mas aponto outros: escrever prefácios, apresentações, textos de 4ª capa, sequência didática, bem como manuais didáticos.

 

Precisamos estar preparados para essas ofertas. E uma das estratégias para não recusar essas oportunidades é manter a escrita afiada ou em ponto de bala. Não há segredo. A dica é manter-se ativo, escrevendo com certa regularidade, constância, compreende?

 

As encomendas vão surgir mais cedo ou mais tarde. Semelhante ao que ocorre com as ideias para um livro.

 

Não quero ser hipócrita. Abrindo o jogo: desde o dia 11 de abril, venho escrevendo aqui de forma regular, sistemática. Quando olho para número de visualizações, ninguém está me lendo ainda. Escrevo para mim, primeiro, e depois alcançarei um número incrível de leitores. Como? Vou descobrir.  

 

O que importa é o compromisso com a técnica, o encontro com os temas, o trabalho com a linguagem. Em outras palavras, tenho alguns motivos, razões para essa disciplina quase invisível, esses hábitos atômicos da vida de um escritor.

 

É sempre uma preparação. No meu caso, revelo: estou me desembaraçando para a retomada da publicação das crônicas semanais; a criação do conteúdo da “Pausa Literária”; a continuação da novela juvenil e, mais recentemente, a escrita dos textos esparsos para a composição do próximo livro que surgiu nos últimos dias.

 

Se você que pretende ser escritor(a) acha isso pouco, passe a escrever de modo ininterrupto e perceberá o quanto crescemos com essa disciplina.

 

Perdoe-me se extrapolei por demais. Deve ser o horário que deixei para esse registro: 22:55.

 

Até amanhã e

 

... farelos por aí ...

 

20 de abril de 2021

   



Caiu uma chuva deliciosa nessa madrugada. Como é típico do outono, o tempo seco tem impossibilitado um pouco nossa respiração. Seco. 


A chuva chegou em tão boa hora que o celular despertou e só fui me levantar treze minutos mais tarde.  

 

As minhas cadelas também ficaram mais tempo em seus aposentos. Antes que elas aprontassem fuzarca para passear na rua, fui concluir a preparação das aulas do dia.

 

Mas por que você não fez isso com antecedência, no dia de ontem?

 

Como escrevi na página anterior, passei o último domingo corrigindo as atividades avaliativas dos alunos da 3ª Série.

 

Em todos os meios de comunicação só se fala da mais aguardada entrevista coletiva do dia com o prefeito de Belo Horizonte:

“Kalil anuncia futuro das medidas de combate à Covid-19 em BH nesta segunda”

 

Por essa e outras estou investindo mais no consumo de água nessa manhã.

 

À tarde, vou ministrar aula e por volta das 19h vou participar de uma reunião com a equipe de cultura da nossa quebrada.

 

Diante disso, o melhor é ir devagar, tranquilo. A semana só está começando.

 

Curiosidade: não vejo a hora de encontrar um tempinho para escrever mais um texto para aquele projeto.

 

Boa semana!

 

... farelos por aí ...

 

19 de abril de 2021


 

 

Um dia para não ser produtivo, pois a gente precisa de um desses, ao longo da semana.

 

Acordei mais tarde. Não tomei a água em jejum. Também não fiz nenhuma atividade física da série do aplicativo.

 

E me sentei diante do computador para demonstrar minha gratidão a esse ato da Escrita Diária.

 

Lição 06 – escrever diariamente mesmo que poucas linhas, textos sobre quaisquer assuntos, registro das mais estranhas impressões é um rico exercício para quaisquer profissionais que lidam diretamente com a comunicação.

 

No meu caso, funciona como aquecimento para encarar projetos mais ambiciosos, como ensaios por encomenda, artigos e, claro, a escrita literária.

 

Para retornar, por exemplo, à escrita das crônicas de quinta-feira, à continuação de um livro infantojuvenil, preciso escrever de modo regular por pelo menos três semanas.

 

A Escrita Diária é um dos caminhos para amolar as ferramentas. Sem sombra de dúvida, é atentar-se para as ideias que mais tarde se converterão em linhas literárias.

 

Refiro-me a essa experiência com relativa propriedade, depois de escrever de modo ininterrupto, ao longo de 366 dias. Foi após esse exercício que

 

·         publiquei os três últimos livros: A terceira porta da lua, Um estranho para o céu e Garimpo das bolhas de sabão;

 

·         prefaciei uma antologia de poemas, ainda no prelo. Certamente será publicada após a pandemia;  

 

  • escrevi o prefácio para dois livros de poemas;

 

  • fiz a apresentação de um livro de haicai;

 

  • tornei-me curador do programa Pausa Literária.

  

Eis um pouco das conquistas que consigo mensurar. Os benefícios de uma Escrita Diária são inumeráveis.   

 

MAS sejamos transparentes: é preciso se dedicar à escrita com afinco. Ideia por ideia não é literatura. Fica apenas lá e... não serve.

 

Uma revelação com essa página enorme: na hora de arrumar a cozinha de hoje, descobri um projeto de escrita que vai tomar conta dos meus próximos meses. Um único tema sob várias perspectivas. Não posso contar mais por enquanto. Tenho pouco detalhes.

 

Tenho certeza de que essa ideia só surgiu em consequência dessa minha retomada de Escrita Diária. Por tudo isso agradeço a Deus e a você que me lê.

 

Muito obrigado!

 

... farelos por aí ...

 

sábado, 17 de abril de 2021

Às 03h56. Graças ao Criador até aqui não recorri ao despertador. Acordei antes do precioso recurso apitar.

 

Com uma cortina de improviso, o quarto ficou mais favorável ao sono. Mas essa noite tranquila tem sido para poucos nessa segunda onda da pandemia.  

 

Não está fácil.

 

Só nessa semana: uma aluna com pneumonia e suspeita da Covid-19. Uma colega de trabalho chamada na tarde de ontem no hospital para se despedir do pai, também vítima desse vírus.

 

Todo mundo conhece um caso muito próximo. Não há barreira social nem faixa etária específica.

 

Infelizmente nem todas as pessoas ainda respeitam as regras do isolamento social ou pelo menos entendem o que está acontecendo. A maioria desses é enganada pelas teorias mirabolantes dos negacionistas.

 

Diante desse quadro, chegamos ao ponto de confiar somente em Deus. Que Ele ilumine os nossos políticos e esses deem a devida atenção à vacina.

 

Que dentro de algum tempo possamos usar somente as máscaras no Carnaval.

 

... farelos por aí ...

 

15 de abril de 2021


 


Às 03h59. Levantei esse horário, mas estava acordado desde às 03h30, pois a filha caçula foi parar na nossa cama e sua presença marca o despertar do casal.

 

Quando isso acontece o melhor é um ir para a cama da pequena. Pena que demorei para agir. Talvez o melhor fosse descer para o escritório.

 

Mas aí lembrei que hoje é quarta-feira e trabalho manhã e tarde em duas escolas do Ensino Médio; das 07h30 às 17h40. E senti o senhor bom senso soprando:

 

 – Opa! Vamos com calma aí, pois o melhor é evitar a fadiga. Cautela!

 

Uma curiosidade sobre a tarde de ontem: acrescentei uma série de exercícios físicos para iniciantes. Uma sequência de sete atividades entre 5 e 10 minutos. Baixei de um desses aplicativos que imitam bastante os bastidores da aeróbica de uma academia.

 

 

Nessa mesma esteira da disciplina com a escrita diária, vou experimentar os 30 primeiros dias. Quero saber qual será o resultado. Aguarde aí, 13/05!

 

Ah, por falar em esteira, lembrei-me que tenho que concluir a compra da bicicleta ergométrica, um dos presentes da minha esposa.  Vou aproveitar para pensar nos outros que estão faltando. Não a presenteio desde o aniversario que foi lá em dezembro.  Com isso, só venho acumulando pontos negativos.

 

Confesso que gostaria de continuar conversando contigo, mas uma lista de questões objetivas me aguarda para edição e postagem. Um forte abraço,

 

 ... farelos por aí ...

 

 quarta-feira, 14 de abril de 2021


 

 

Às 03h55. Horário que levantei no segundo dia em busca de DISCIPLINA.

 

Ao tomar os dois copos d’agua do dia, senti um pouco de dor de cabeça. Ainda é muita novidade para o organismo. O corpo vai se acostumar, com a graça de Deus!  

 

Reconheço que ministrar aula manhã, tarde e preparar aula à noite, sobretudo na pandemia, não é tarefa simples. Rola um desgaste mental.

 

Só para constar: ensaiei uma série de 05 exercícios físicos no final da tarde. Compreendi a sequência de atividades, mas não consegui fazê-la dentro do tempo.

 

 Criar uma rotina saudável para mente e para o corpo é também uma espécie de conquista. Você não acha?

 

Desse modo, quero deixar claro para você que me lê: dieta, empenho, disciplina e todas as outras questões ligadas ao tal manter o FOCO dependem só da gente, só traz benefícios para os envolvidos.

 

Mais importante do que a intensidade, os resultados rápidos, é a construção do HÁBITO. Para isso, é essencial o aspecto da disciplina.

 

Tenho plena consciência de que o resultado virá. Quer vir comigo nessa?

 

terça-feira, 13 de abril de 2021  

 

... farelos por aí ...

 

Nos últimos dois dias escrevi apenas com o olhar diante do silêncio da natureza.

 

Fiquei em débito com alguns alunos da 1ª Série, pois não consegui gravar o vídeo que me solicitaram ... com antecedência.

 

Perdoem-me, mas acredito que estive em uma espécie de retiro. Não podia cortar os laços. Estive no “meio do mato”.

 

Nada de acampamento, mas bem que podia ser. Fui para um arraial bem pertinho de BH mesmo.

 

Lá nem internet tem direito e mais ou menos um sinal de rede de celular. Isso nos garantiu a paz e o sossego das demandas inusitadas do WhatsApp.

 

Estou com tudo atrasado. Confesso. Por outro lado, temos que comemorar: estou descansado, renovado para o melhor dia da semana.

 

Nem sei qual dia você está lendo essa página de diário, e se ainda não sabe: segunda-feira é um dia especial. Gosto mais dele do que domingo.


Na verdade, aprendi com os japoneses que todos os dias da semana têm sua poesia, sua graça e seus desafios.

 

Agora, vou despedindo, pois tenho que preparar as aulas da segunda-feira (manhã e tarde).

 

Fique com Deus e até breve,

 

Abs,

 

... farelos por aí ...    


domingo, 11 de abril de 2021 
Para os professores no contexto da Pandemia 

Tem dia que bate uma tristeza medonha na gente. Não sei como você reage a esses encontros com a angústia do viver. Se por um acaso nunca enfrentou um desses dias de melancolia, pare a leitura neste parágrafo. Jamais gostaria de me tornar “motivo de pranto”.

 

Nos últimos dias um fado insiste tocar a lista de tarefas. É que o som do violão acende as indagações na vida do educador: por que consumir o precioso tempo da criação, preenchendo as planilhas inúteis da constatação? Por que se desdobrar nas ofertas de ensino híbrido se, do outro lado, o aluno nem a câmera abre? De alguns nem um bom dia se ouve.

 

Pensamos nesses instantes, imaginamos o quão difícil está para esses estudantes e familiares. Já fazíamos isso, desde o dia em que começamos nessa profissão. Quem pensa em nós? Quem está preocupado com nossa saúde mental? Quem já parou para pensar que professores não são máquinas?

 

A lista de perguntas vai crescendo na mesma proporção da dor de cabeça. Penso estar em outro estilo musical, mais agressivo dado o teor do quanto estamos sendo violentados, compreende?   

 

... De repente ... me reencontro naquele antigo fado. Me lembro que os professores sequer estão sendo ouvidos.

 

HOJE eu sou só a tristeza pura.

 

... farelos por aí ...

Às 09h45 da última manhã, recebi em minha casa a Carminha, consultora da editora Compor.

 

Quem conhece a Carminha, sabe que ela é a ilustre representante da “Tribo da Sensibilidade”.

 

Era o intervalo das aulas. Documentos assinados, a próxima turma a caminho e a surpresa: “professor, você conhece o mais novo livro da poeta Roseana Murray?”  

 

Até aquela doce pergunta, conhecia os títulos só dos posts nas redes sociais, bem por alto.

 

Agora, com o título em mãos, não vejo a hora de ler e apreciar as mais novas composições da grande poeta Roseana Murray.

 

Descoberta: é a primeira vez que vou ler uma obra recheada de tankas!

 

... farelos por aí ... 

 

Parabéns, querida Roseana Murray! Parabéns, Evelyn Kligerman!


Carminha, aquela artista lá de BH, tem razão: você nos enche de alegria com sua energia!

 

... farelos por aí ...

 


A cada episódio, um escritor, uma poeta, um artista da palavra é apresentado(a) aos “ouvintes de fino trato” do podcast “Diálogos Quixotescos”.

 

O projeto é produzido e apresentado pelo escritor, educador e livreiro Paulo Fernandes, que também é idealizador do canal de literatura infantojuvenil “Ler é criar asas” (Youtube)  

 

Nessa noite, antes de dormir, depois de preparar as aulas da manhã seguinte, comecei a ouvir o episódio 17 que tem como homenageada a ilustre poeta de Goiás, Cora Coralina, que na verdade não tinha esse nome de batismo.

 

Você sabia que ela escolheu o próprio nome?

 

Você sabia que ela foi mãe, doceira, vendedora e nunca deixou de ser uma poeta e contista?  

 

 Nesse episódio 17, você conhecerá um pouco mais sobre a “Confeiteira das Palavras”. De tempos em tempos, de tempos em tempos, Paulo Fernandes faz a leitura encenada, a leitura emocionada de alguns poemas  da querida Aninha (Ops! Quem é essa outra? Ouça e descubra.

 

Esse episódio, ao som de uma gostosa trilha sonora, está simplesmente imperdível.


Abraços, 

... farelos por aí ... 

 



O assunto da aula era “Formas literárias”. Para provar que que a prosa é muito mais apreciada pelos leitores, de modo geral, fiz uma enquete para saber quem estava lendo uma obra literária no momento.

 

O número em cada uma das três turmas foi surpreendente, otimista para quem vive de literatura no Brasil, viu?! Ninguém lendo poesia, ilustre leitor(a); mas isso não é nenhuma novidade. Problema nenhum.

 

A surpresa surgiu com o título que uma aluna da 1ª Série está lendo: “Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra”, do Mia Couto. Putz! Nunca vi alguém com 15 anos lendo esse gigante da literatura moçambicana.

 

Ah, aí eu quis saber mais e descobri, entre outras coisas, que ouvir as pessoas falando de um livro que leu é uma das experiências mais ricas da minha vida.

 

O contato com a obra do Mia Couto surgiu em uma viagem de férias para a Bahia. Sem nada para ler, pois havia concluído a leitura dos outros títulos que separou para aquela temporada, quando sua mãe recomendou “Antes de nascer o mundo”. Nascia ali o interesse da jovem leitora pelo universo da prosa poética.  

 

No mesmo dia, só que outra turma, outra jovem leitora relatou a experiência de ler “A mulher na janela”, de A. J. Finn. Trata-se de um romance de suspense, mistério, uma trama muito envolvente inspirada na obra “Janela Indiscreta”, de Alfred Hitchcock.  Já dá para imaginar esse livro?

 

E, para fechar minha manhã, nessa profissão que costumo chamar de “professor de leituras”, uma terceira aluna pediu dicas de como engajar na leitura do romance “Memorial de Maria Moura”, de Rachel de Queiroz. Logo para quem ela foi pedir uma estratégia de leitura...


E aí? O que você achou dos títulos que minhas novas alunas estão lendo? 


Você ficou interessado(a) em ler algum desses livros? 


Deixe seu comentário, sua sugestão e até um próximo encontro sobre "Literatura". 


... farelos por aí ... 




Um dos troços mais esquisitos deste ano letivo é, sem dúvida, o fato de eu nunca ter visto sequer o rosto dos meus alunos do 8º Ano ou da 1ª Série/Ensino Médio.

 

Sobre ligar a câmera, gosto de deixá-los à vontade. E o que geralmente obtenho? 


“Meu cabelo está todo atrapalhado, professor.” 


A câmera desligada, o microfone estragado. 


“Acordei atrasado, Farelo. Ainda tô de pijama.” 


Aprendi a não insistir.  

 

Mas hoje, em especial, um aluno me surpreendeu de uma outra forma. Sim. Refiro-me a um desses estudantes de que ainda não vi o rosto, não sei se tem espinha, se torce para o Cruzeiro ou para o América. Dele só conheço a voz e simpatia.

 

Assim do nada, de modo espontâneo, ele me presenteou com um “Bom dia super fofo ilustrado com o desenho de um bicho azul.” Gostei tanto que até pedi para fotografar e postar no stories. (@farelodequiat) 

 

Pode lhe parecer exagero, mas gestos assim despertam em nós (professores) uma alegria enorme. 


A você, H.B, muito obrigado!!!

 

... farelos por aí ... 


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