Surpresa na vida de professor II

 



O assunto da aula era “Formas literárias”. Para provar que que a prosa é muito mais apreciada pelos leitores, de modo geral, fiz uma enquete para saber quem estava lendo uma obra literária no momento.

 

O número em cada uma das três turmas foi surpreendente, otimista para quem vive de literatura no Brasil, viu?! Ninguém lendo poesia, ilustre leitor(a); mas isso não é nenhuma novidade. Problema nenhum.

 

A surpresa surgiu com o título que uma aluna da 1ª Série está lendo: “Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra”, do Mia Couto. Putz! Nunca vi alguém com 15 anos lendo esse gigante da literatura moçambicana.

 

Ah, aí eu quis saber mais e descobri, entre outras coisas, que ouvir as pessoas falando de um livro que leu é uma das experiências mais ricas da minha vida.

 

O contato com a obra do Mia Couto surgiu em uma viagem de férias para a Bahia. Sem nada para ler, pois havia concluído a leitura dos outros títulos que separou para aquela temporada, quando sua mãe recomendou “Antes de nascer o mundo”. Nascia ali o interesse da jovem leitora pelo universo da prosa poética.  

 

No mesmo dia, só que outra turma, outra jovem leitora relatou a experiência de ler “A mulher na janela”, de A. J. Finn. Trata-se de um romance de suspense, mistério, uma trama muito envolvente inspirada na obra “Janela Indiscreta”, de Alfred Hitchcock.  Já dá para imaginar esse livro?

 

E, para fechar minha manhã, nessa profissão que costumo chamar de “professor de leituras”, uma terceira aluna pediu dicas de como engajar na leitura do romance “Memorial de Maria Moura”, de Rachel de Queiroz. Logo para quem ela foi pedir uma estratégia de leitura...


E aí? O que você achou dos títulos que minhas novas alunas estão lendo? 


Você ficou interessado(a) em ler algum desses livros? 


Deixe seu comentário, sua sugestão e até um próximo encontro sobre "Literatura". 


... farelos por aí ... 


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