26 de dezembro de 2020

 


Não consigo parar de escrever diariamente. Não falo da escrita das crônicas semanais, dos contos eventuais ou dos capítulos das novelas juvenis que componho.  

 

Falo da escrita em si, sem adjetivos, com propostas distintas. Agora entendo o porquê de há sete anos ter passado 365 dias escrevendo de forma ininterrupta.

 

Seria isso uma maldição? A última coisa com que me importo nessa vertigem é com os leitores. Perdoe-me, caso você tenha lido esse texto por um acaso na rede. Fique à vontade para comentar o que quiser.

 

A verdade é que sempre escrevemos para nós mesmos. A gente escreve porque não suporta tantas ideias tomando conta de nossas vidas. É para se livrar das impressões, dos horrores que não contamos para ninguém. A novela que escrevo agora é para deixar de me aborrecer com uma pessoa próxima. Vou escrever para esquecer essa pessoa ou aceitar que ela nos ame de um modo assim diferenciado. Sei lá...

 

Gosto de escrever e tenho consciência de que esse ofício por mais insignificante que seja oferece risco, aprendi com o poeta Armando Pereira Filhos:  


“Ao escrever, estamos sempre muito perto do fogo”.


... farelos por aí ...

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