– O homi tá cuspindo bala na cozinha. Era hora já de tá na rua atrás de mais uns quilômetros pra cumprir com o tal do desafio.


– Como sabe que ele tá nervoso?


– Ah, isso é fácil de perceber. Como sal com esse traste aí um tempo bão, menina.


– Já é vem a senhora de novo querer maltratar o pai. Só fiz uma pergunta boba e...


– Boba sou eu que tem que aturar aquela praga fazendo essa barulhada, antes das sete. Vai quebrar outra vasilha daqui a pouco, vá escutando aí. Ahh o jeito que o infeliz joga os talheres na pia. Perigoso nem olhar se tem algum copo lá.


– Então é assim que a senhora identifica que ele tá bravo, chateado?


– Fica pior do que a gente naqueles dias. E o diacho tem que descontar na pia lotada? Ô vontade de descer lá e chamar na xinxa. Ô vontade.


– Bobeira, mãe. Até sair da cama, se preparar e descer, meu pai já vai tá calmo. Deve ter perdido hora, não achou um copo limpo ou o pó de café acabou.


– Verdade. Pensando pro bem, vamu deixar isso pra lá. Vamu dormir mais, tamu de férias.


 



Casado com uma atriz e professora de teatro, sempre respeitei a mística das estreias. Aprendi com Leandra Pacífico que a estreia é sempre um tempo de ansiedade, insegurança, ausência e mistério. Só de pensar que aquela seria minha primeira prova, bateu o famoso friozinho na barriga.

 

Para minha alegria e satisfação, embora a inscrição tenha sido feita pela internet, quem retirou o kit foi minha comadre, Maria Estela. Ela, os meninos João Pedro e Toddy, foram os parceiros da minha estreia. Completando o time, quem nos levou até a pista foi o compadre Ronaldo Silva. Além de motorista, ele é o nosso incentivador número 1.

 

Na madrugada do dia 25 de novembro de 2018, choveu bastante. Era o anúncio da edição de verão do conhecido Circuito das Estações. Fato é que chovia tanto que, enquanto saía de casa, na inocência, imaginei até que a corrida pudesse ser cancelada.

 

Fomos direto para a casa da Estela. Lá, todos leram em meus gestos o clima da estreia. Sabe quando você está prestes a realizar uma atividade e fica sem entender muito bem o que está acontecendo? Eu me perguntava, em silêncio: "É isso que tá rolando? Vamos descer para a Pampulha de verdade?"

 

De fato, estava acontecendo. Debaixo de uma chuva relativamente fria, eu e Estela estávamos na pista para os 5 quilômetros. A parceira já havia participado de outras provas. Os meninos, adolescentes fininhos, se inscreveram para os 10 km. Cada um no seu ritmo, e eu, ansioso.

 

Seguindo os trejeitos típicos de um estreante, fiz os alongamentos e fui para a pista. Eis a largada e mais de 1 km para o corpo sedentário entender o que estava acontecendo. Nem fiz questão de me hidratar no 2º km. Segredinho só entre a gente aqui: era a insegurança de parar e não conseguir concluir a prova. Então, reduzi o ritmo para que a parceira se hidratasse.

 

Lá pelo 3º km, comecei a apreciar a prova. A chuva trazia um certo encanto, lavava o suor e refrescava meu corpo, que, a essa altura, já aceitava a ideia de que seria possível correr até a linha de chegada. Uma câmera desavisada facilmente capturaria minha expressão de gratidão, a alegria de quase chegar lá.

 

Ao meu lado, Maria Estela, com todo entusiasmo, companheirismo e incentivo. "Vamos conseguir! Falta pouco." Claro que não era tão simples assim. "Pouco" que nada. Eu só queria que terminasse logo, mas, sem muito o que fazer, o jeito era seguir firme.

 

Quando eu já pensava que estava perto, uns 200 metros antes da tão desejada linha de chegada, lá estava Ronaldo Silva, gritando e nos incentivando: "Vai, Farelo! Vai, Estela! Vocês estão quase lá. Bora! Bora!" Ter alguém torcendo por você faz toda a diferença. Guarde com carinho essa lição.

 

Inacreditável. Difícil descrever todas as sensações de cruzar a linha de chegada, de correr ininterruptamente os primeiros 5 km da minha vida. A gratidão pela primeira conquista, debaixo de chuva. Em 35 minutos, o batismo: um importante passo rumo ao Desafio proposto pela minha filha.

 

Agora, você sabe: a prova dos meus primeiros 05 quilômetros foi no famoso Circuito das Estações. O que será que vem por aí?

                                                            

O primeiro aplicativo baixado no celular, o primeiro tênis de corrida. A marca? Um Mizuno bem básico. E que tal conhecer a minha primeira pista oficial de treino? Ah, o aplicativo de corrida? Era o Nike Run. Nem se ainda está ativo. Temos outros melhores, mais intuitivos hoje. 

 

Rua Cidade de Minas, entre os bairros Pedra Azul e Carajás, em Contagem, Minas Gerais: uma pista quase plana, com 1.300 metros, que atrai interessados em cultivar novos hábitos. Correr, andar, sozinho ou acompanhado. Para se ter uma ideia, às 4h da manhã já tem gente treinando por lá. Em outros capítulos, você saberá um pouco mais sobre esse povo que sai para caminhar ou correr a essa hora.

 

Consciente da distância da pista e do meu ritmo, era hora de investir nas próximas conquistas, começando pela primeira volta completa. Sem nenhuma orientação, fui aumentando o percurso aos poucos. A cada semana, ia ampliando a distância entre um poste e outro.

 

Nem vou tentar explicar os efeitos daquela sensação de progresso; deixo isso para um professor de Educação Física. O fato é que comecei a gostar daquilo, mesmo com as dores e a falta de fôlego.

 

Na academia, os colegas de treino começaram a perceber a diferença nas minhas medidas. A balança também reconheceu algumas perdas. Sabendo da minha postura, senti que poderia fazer mais em direção ao Desafio.

 

Levei aproximadamente três meses me preparando para a inscrição na minha primeira prova, treinando duas vezes por semana. A certeza de pagar a inscrição no Circuito das Estações só veio depois da minha maior conquista: correr o primeiro quilômetro. Como isso aconteceu?

 

Na manhã de um sábado de quase primavera, pulei da cama mais cedo e subi para a pista. Ajustei o aplicativo e... pá! O primeiro quilômetro dentro do tempo razoável, embora eu soubesse que poderia ter sido mais rápido. Com 2,6 km, completei a primeira volta sem parar e, de repente, me deparei com o km 3, com a leve inclinação e o ritmo encaixado.

 

Na outra ponta da pista, cruzei o quarto km e pensei: “Vamos lá, você consegue, hoje vai mais longe.” E, naquela conversa firme com as pernas, joelhos... não, eu não vou parar, estou quase lá, falta muito pouco. Que isso, você já correu 4,5 km? Nem quis pensar nos 500 metros para completar a distância da futura prova. Fiquei tão empolgado que incluí os 200 metros da pista na conta e acelerei. Consegui completar as duas primeiras voltas na Cidade de Minas: 5,2 km. Ufa! 

 

Para comemorar o feito, sentei-me no primeiro meio-fio que encontrei. Tirei a camisa; estava um bagaço, exausto. Parecia que tinha corrido de um fantasma, como nos pesadelos da infância. Olhei para o celular e para o céu. A distância, o tempo e o infinito de mais um passo. O Circuito das Estações que me aguardasse.

Não sei você, mas eu já estou ansioso para o próximo episódio. 

 


Gratidão ao trio Bruna, Tonico Poesia e Paulo Fernandes! 


O primeiro aplicativo baixado no celular, o primeiro tênis de corrida. A marca? Um Mizuno bem básico. E que tal conhecer a minha primeira pista oficial de treino?

 

Rua Cidade de Minas, entre os bairros Pedra Azul e Carajás, em Contagem, Minas Gerais: uma pista quase plana, com 1.300 metros, que atrai interessados em cultivar novos hábitos. Correr, andar, sozinho ou acompanhado. Para se ter uma ideia, às 4h da manhã já tem gente treinando por lá. Em outros capítulos, você saberá um pouco mais sobre esse povo que sai para caminhar ou correr a essa hora.

 

Consciente da distância da pista e do meu ritmo, era hora de investir nas próximas conquistas, começando pela primeira volta completa. Sem nenhuma orientação, fui aumentando o percurso aos poucos. A cada semana, ia ampliando a distância entre um poste e outro.

 

Nem vou tentar explicar os efeitos daquela sensação de progresso; deixo isso para um professor de Educação Física. O fato é que comecei a gostar daquilo, mesmo com as dores e a falta de fôlego.

 

Na academia, os colegas de treino começaram a perceber a diferença nas minhas medidas. A balança também reconheceu algumas perdas. Sabendo da minha postura, senti que poderia fazer mais em direção ao Desafio.

 

Levei aproximadamente três meses me preparando para a inscrição na minha primeira prova, treinando duas vezes por semana. A certeza de pagar a inscrição no Circuito das Estações só veio depois da minha maior conquista: correr o primeiro quilômetro. Como isso aconteceu?

 


Na manhã de um sábado de quase primavera, pulei da cama mais cedo e subi para a pista. Ajustei o aplicativo e... pá! O primeiro quilômetro dentro do tempo razoável, embora eu soubesse que poderia ter sido mais rápido. Com 2,6 km, completei a primeira volta sem parar e, de repente, me deparei com o km 3, com a leve inclinação e o ritmo encaixado.

 

Na outra ponta da pista, cruzei o quarto km e pensei: “Vamos lá, você consegue, hoje vai mais longe.” E, naquela conversa firme com as pernas, joelhos... não, eu não vou parar, estou quase lá, falta muito pouco. Que isso, você já correu 4,5 km? Nem quis pensar nos 500 metros para completar a distância da futura prova. Fiquei tão empolgado que incluí os 200 metros da pista na conta e acelerei. Consegui completar as duas primeiras voltas na Cidade de Minas: 5,2 km.

 

Para comemorar o feito, sentei-me no primeiro meio-fio que encontrei. Tirei a camisa; estava um bagaço, exausto. Parecia que tinha corrido de um fantasma, como nos pesadelos da infância. Olhei para o celular e para o céu. A distância, o tempo e o infinito de mais um passo. O Circuito das Estações que me aguardasse.


                 

                                        

Dar-se um nome, que seja na forma de um apelido, é o que o menino de camisa de listras se deu, na narrativa que se inicia e se conclui com a palavra “Silêncio”, no que é “Um Estranho para o Céu”, de 2016, o seu prenúncio de uma vida andante, a vida do Dito, nosso personagem magnífico, dócil e encantador.

 

A boa-vontade do garoto desponta em suas primeiras ações, atos das mãos, dos pensamentos que elabora, das palavras que pronuncia, dos gestos que empreende. Dito mora com quem o recebeu, desmedidamente, acolhendo-o com afeto e carinho, aos quais ele retribui em similar medida. Piedade e Miguel proporcionam a Dito um lar, e ele irá fazer resplandecer sobre o povoado o fogo que trouxe do céu, o reavivamento da esperança e da solidariedade.

 

Neste texto, insere-se o personagem Bartô, que “deita a vida em livros”, um eu-outro do escritor Alfredo Lima, reflexo e espelho, homenagem e reconhecimento das influências estimuladoras de um fazer poético.

 

“Nublado”, de 2024, se inicia com uma palavra nebulosa “Nuvem”, título que nos reporta ao estado de cobrir-se de nuvens, mas a narrativa é finalizada com a palavra “Céu”, termos que levam à reflexão de que os substantivos configuram estados de alma, camadas viscerais que se transmutam e se transformam, embora ambos sejam espaços integrantes do éter, solúveis, gasosos, finos ao tato, delicados, pois são estágios e sensações do sentimento.

 

Dito cresceu, é um adolescente. Sensível, bem-conversado, tenaz, perspicaz, atuante, ousado, integrador, a desenvolver, cada vez mais, as capacidades em semente, presentes nos episódios de sua infância.

 

A tônica da solidão, do coração que dói perante o abandono, das casas que se esvaziam, dos entes que se distanciam são os elementos que as nuvens carregam no peito do sr. Rafael, nome de arcanjo, sentindo as faltas, mas resgatado pelo próprio nome que significa a cura de Deus. E essa cura vem via Dito, (uma espécie de Santo Expedito, invocado diante dos problemas urgentes, protetor da família?).

 

Estamos lidando com uma escrita que mescla terra e valores espirituais muito elevados, derivados da virtude, da filosofia, dos diálogos, dos olhares, das percepções. E tudo oferece um grande perigo aos que delegam ao destino as agruras e as soluções em si-mesmas.

 

Porque há em “Nublado” intercessões pelo veio da bondade. O mal não é qualificado ou recebe lugar na mesa da narrativa, sobre ele estando a toalha deveras esticada. Não se dá lugar ao mal, ele é simplesmente expulso, afastado, e o bem assume o protagonismo de toda e qualquer situação.

 

Para as perturbações do mundo em que vivemos, texto de Alfredo Lima é uma afronta ao poder mais mesquinho, bélico, vampiresco, grotesco, imperialista, fascista, porque ele põe abaixo dos pés toda tentativa de golpe. A bondade viceja abundante, sorridente, pacificadora, restauradora, “gostosa e demorada como um abraço”, sem que haja fresta para a infiltração do ódio e da malevolência.

 

É de misericórdia e de paz que a narrativa ergue a potência do texto, por isso atingimos o “Céu”, quando o enredo nos conduz a ele, lapidando-nos pela ternura, pelo desnudar dos nossos padrões mesquinhos, pelo desvestir das nossas imoralidades, pelo romper das nossas tradições atravancadas, ultrapassadas, nutridas pela falta de um refletir mais coerente.

 

E vendo-nos nuvens no vazio, ansiamos o alimento às nossas carências e faltas, o que de graça nos é ofertado, pela faculdade de compreendermos ser o amor que vivifica e agrega o homem, que o faz homem, que o preserva na condição humana, pela colaboração, pelo desprendimento, pela vocação de constituirmos a humanidade, independentemente de qualquer argumento que possa diminuir qualquer ser entre nós.

 

Se era objetivo do autor nos ciceronear pelo caminho da luz, o vale das trevas não seduziu ou nos fez desmoronar nos desfiladeiros agonizantes; atingimos o Céu, com passos mesmo, numa solidária direção, nem nos foram necessárias asas.

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Anderson de Oliveira é escritor. Participou de inúmeras coletâneas, publicou Pá & Pedra, finalista do Concurso Nacional João de Barro, em 2000; Dona Feia narrativa selecionada para o PNBE 2011; A lenda dos dinossauros foi escolhida para o Catálogo de Bolonha, no ano de 2014; A, B… Z Bicho é um “bichonário” de musicalidade; A neta de Anita, cuja temática é o processo de reconhecimento racial e identitário, destacou-se entre os 13 livros mais marcantes da literatura infantil pela Casa Vogue/2019.  Um dos seus mais recentes títulos é Mona Lua e o Monstro Cinzento, publicado pela editora Alumbre.



 

– Quer dizer que agora você está correndo?

– Não é bem assim. Estou bem no começo.

– De vez em quando te vejo treinando lá perto de casa. Parabéns!

Dessa conversa com o motoboy de um restaurante local, aprendi a lidar com duas situações que ajudaram nos meus primeiros passos.

Renato treinava, naquela época, uma média de 4 vezes por semana. Com isso, demonstrava certa experiência. Em outras conversas, confirmou a participação em algumas provas, mostrando o quadro de medalhas no celular.

À medida que fazia entregas em nossa casa, ele fazia questão de tocar no assunto: “E aí, tá firme nos treinos?” Usava palavras do mundo da corrida que só fui aprender e experimentar mais tarde.

Voltando à situação inicial, que está diretamente ligada a esses termos, um dia ele perguntou qual era o meu “pace”, já que eu pretendia correr uma prova de 5 km ainda naquele ano.

– O que é isso? Como a gente encontra esse trem? – foi minha mais sincera resposta.

O rapaz não conseguiu segurar o riso. Com a maior paciência, explicou que se tratava do ritmo médio de um corredor em uma determinada distância e que isso era medido em minutos por quilômetro.

A essa altura, ele me mostrou o aplicativo de corrida que usava. Pediu licença para instalá-lo no meu celular e, com boa vontade, explicou como eu deveria utilizar a ferramenta.

Antes de finalizar a entrega, surgiu a outra situação embaraçosa:

– Bem rápido, tem como mostrar o tênis com que você está correndo?

Assim que mostrei o par de sapatênis, já bem detonado, ele sorriu novamente e passou outras dicas breves:

– Moço, com isso não dá pra treinar. Você vai acabar se machucando. Faça o seguinte: primeiro, vai a uma loja e pede para experimentar tênis para corrida, entendeu? Sabendo o modelo e a numeração, depois você compra pela internet e aproveita umas promoções, entendeu?

Sim, entendi uma parte daquelas orientações: eu precisava de um outro pisante.

Lição: Utilizar um aplicativo gratuito de corrida e providenciar um tênis confortável, específico para corrida, vão ajudar bastante nessa modalidade esportiva.


 


                                                              

Por um mínimo de resistência física, era hora de voltar à academia, mesmo que de maneira esporádica durante a semana. Não sei avaliar se foi a alternativa mais adequada para o contexto, mas entendia que precisava perder peso para começar a correr.


Minha ficha sempre incluía atividades na esteira: caminhada ou corrida leve. Recordo-me de que aqueles 10, 20 e 30 minutos eram difíceis, tanto pela exigência de um corpo sedentário quanto pela monotonia. A vontade de desistir era grande, mas o Desafio nem havia começado.


Após algumas semanas, em uma tarde de domingo melancólica, criei coragem, nem sei de onde, calcei um sapatênis e fui caminhar na Cidade de Minas, a principal rua da nossa quebrada. Guarde esse nome, porque, vez ou outra, vou mencioná-lo por aqui.


Não sei como, mas consegui dar duas voltas naquele dia, sem parar nenhum momento. A caminhada durou uns 50 minutos e senti pela primeira vez o tal cansaço de uma atividade física.


Quando contei para o treinador da academia, ele vibrou com a iniciativa e disse que eu deveria fazer isso mais vezes durante a semana, e que, em breve, já conseguiria até correr. Levei um tempo para acreditar naquele incentivo. "Ah, deve ser mais um papo de professor de Educação Física".


Eu estava enganado. No mês seguinte, já conseguia repetir a ficha da esteira na rua. Corria 3 minutos e caminhava 1, e fui ampliando as variações. Claro que o tempo de corrida parecia uma eternidade, mas fui “destravando” e começando a perceber alguns sinais de progresso.


Quanto tempo gastei para alcançar a primeira conquista? Não faço a menor ideia, mas correr o primeiro quilômetro na Cidade de Minas foi um dos dias mais felizes da vida daquele sedentário.


Lição: O dia em que você conseguir correr seu primeiro quilômetro, comemore. Foi o que fiz e, de lá para cá, aprendi a comemorar todas as conquistas. Correr aqueles 1000 metros representou um sinal de esperança.


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