Dessa vez eu ultrapassei a linha dos absurdos na vida de um lerdo. 

 

Já voltei pra casa carregando as compras e deixei o carro no estacionamento da feira. 

 

Já saí com o chinelo trocado, com a máscara de cabeça pra baixo (quem nunca?)

 

Hoje entrei no carro de um estranho. Sério! Não era para roubar nem para ser transportado. Como sabe não sou mecânico e muito menos trabalho em lava-jato.

 

Carro da mesma cor, mesmo modelo, parado ao lado do automóvel deste lerdo que vos escreve? Não deu outra. 

 

 

Entrei, coloquei as sacolas no banco do passageiro. Quando olhei para o painel, o câmbio, soltei o nosso típico "UAI"?

 

Na fila do caixa, o proprietário rachando o bico da minha façanha. E os funcionários não perdoaram: 

 

"Que é isso, hein? Onde cê bebeu dessas, Farelo?" 

 

"Olha só, gente, ele acha que pode ir entrando em qualquer carro". 

 

À medida que um explicava ao outro o que se passava, fui tornando o protagonista do vacilo. Não sabia onde enfiar a cara.

 

Pedi desculpas ao proprietário do veículo com mesma cor, mesmo modelo, parado na mesma posição, provavelmente o mesmo ano.


Também quem mandou o cara não travar as portas?

 

Escreveu: Alfredo Lima

Ilustrou: Marci N.

Às 09h45 da última manhã, recebi em minha casa a Carminha, consultora da editora Compor.

 

Quem conhece a Carminha, sabe que ela é a ilustre representante da “Tribo da Sensibilidade”.

 

Era o intervalo das aulas. Documentos assinados, a próxima turma a caminho e a surpresa: “professor, você conhece o mais novo livro da poeta Roseana Murray?”  

 

Até aquela doce pergunta, conhecia os títulos só dos posts nas redes sociais, bem por alto.

 

Agora, com o título em mãos, não vejo a hora de ler e apreciar as mais novas composições da grande poeta Roseana Murray.

 

Descoberta: é a primeira vez que vou ler uma obra recheada de tankas!

 

... farelos por aí ... 

 

Parabéns, querida Roseana Murray! Parabéns, Evelyn Kligerman!


Carminha, aquela artista lá de BH, tem razão: você nos enche de alegria com sua energia!

 

... farelos por aí ...

 


A cada episódio, um escritor, uma poeta, um artista da palavra é apresentado(a) aos “ouvintes de fino trato” do podcast “Diálogos Quixotescos”.

 

O projeto é produzido e apresentado pelo escritor, educador e livreiro Paulo Fernandes, que também é idealizador do canal de literatura infantojuvenil “Ler é criar asas” (Youtube)  

 

Nessa noite, antes de dormir, depois de preparar as aulas da manhã seguinte, comecei a ouvir o episódio 17 que tem como homenageada a ilustre poeta de Goiás, Cora Coralina, que na verdade não tinha esse nome de batismo.

 

Você sabia que ela escolheu o próprio nome?

 

Você sabia que ela foi mãe, doceira, vendedora e nunca deixou de ser uma poeta e contista?  

 

 Nesse episódio 17, você conhecerá um pouco mais sobre a “Confeiteira das Palavras”. De tempos em tempos, de tempos em tempos, Paulo Fernandes faz a leitura encenada, a leitura emocionada de alguns poemas  da querida Aninha (Ops! Quem é essa outra? Ouça e descubra.

 

Esse episódio, ao som de uma gostosa trilha sonora, está simplesmente imperdível.


Abraços, 

... farelos por aí ... 

 

O moço que encontrei na padaria – essa manhã – comemorava a ousadia de ter saído de casa às 05h45 para fazer atividade física.

 

A barriga que exibiu clama pelo desaparecimento.

 

Indiscreto, o moço apontou o meu excesso de tecido adiposo: “a atividade física é urgente para todos nós, parceiro”.

 

O moço que encontrei na padaria – essa manhã – é pai de um garoto de aí na casa dos 07 anos. Lindo!

 

O moço que encontrei – essa manhã – é casado com uma jornalista com quem convivo por quase duas décadas.

 

A esposa do moço que encontrei – essa manhã – me convidou para a festa do seu aniversário na data de hoje.

 

Era um sábado com resquícios de chuva. Casa grande, muitos amigos, muita alegria. Nessa festa comecei a namorar a amiga da esposa do moço que encontrei na padaria pela manhã.  

 

Será que o moço sabe que hoje estamos comemorando 19 anos de namoro? E como será que ele vai comemorar o aniversário da esposa dele?


... farelos por aí ... 

 


Este post é para os alunos da 1ª Série do Ensino Médio, lá do Colégio Santa Maria Minas Floresta, e para Cecília Lobo, responsável pelo voo daquela tarde.

 


Ao tratar da preocupação estética e da beleza do texto artístico-literário, pedi licença os alunos e “mandei” (pensei que estava num sarau, microfone aberto) um poema do livro “inflamáveis”, publicado pela Crivo.  

 


Era segunda-feira, um dia especial da minha semana. Após a leitura, o silêncio, o chat imóvel. Cheguei a pensar que o Teams havia "bugado".

 


Comecei a pensar que não deveria ter feito aquilo. Que ousadia essa de declamar uns versos assim tão urgentes em plena tarde de segunda-feira?

 


Aos poucos, eu fui lendo as palavras que piscavam como estrelas no box de mensagens. Os alunos acolheram os versos com uma atenção distinta, captaram os pingos de tinta que a poeta lançou às entrelinhas da História. 

 


Escolhi não discorrer sobre o poema, assim deixarei que você, leitor(a) possa fazer a sua leitura desses versos em voz alta e descrever suas impressões. O que acha?

 

 

Que você também possa sentir um pouco do que vivemos naquela tarde:

 


 loucas

 

Sou grata pelas mulheres

Que foram loucas antes

E assim pavimentaram caminhos

Para que eu fosse louca agora

Sou grata pelas mulheres

Que não se afogaram em normas

Que nos liberaram avenidas

Por onde desde então desfilamos

Sou grata pelas mulheres livres

Que me deixaram de herança

Ao menos algum tanto

De liberdade

Às que por ventura

Venham depois de mim

Desejo que sejam

Menos flor e mais espinho

Espero que recebam de mim

Algo de lindo e de luta

Espero findar deixando a elas

Olhos abertos, braços fortes

E a coragem do grito

 

LOBO, Cecília. Inflamáveis. Belo Horizonte: Crivo, 2019. p.46.

 

... farelos por aí ...  


Imagem e biografia da poeta disponíveis em: 

https://medium.com/revista-contexto/dois-poemas-de-cec%C3%ADlia-lobo-43fc5ac6c1b0




 


Após o almoço, simplesmente apago no meu quarto. Se não me acordarem, é perigoso meu sono ser o primeiro a encontrar a noite.

 

Quando não rola nenhuma viagem ou encontro do Clube do Vinho, arrasto-me até o banheiro, lavo a cara amassada, dou um trato nos grisalhos e, de dentes escovados, volto para o escritório.

 

Debaixo da mesa do computador, encontro nossa charmosa vira-lata. Charlotte odeia os imbecis que soltam fogos aleatórios. Vez ou outra, arrepia-se para a fuga dos belos retardados. Os fanáticos do futebol de domingo.

 

Uma das grandes vantagens dos dias de domingo é que ninguém nos incomoda. Ninguém nos grupos de WhatsApp. As redes sociais saem de cena (pelo menos a minha dá um tempo). Um momento ideal para ler, escrever, preparar as aulas. Preciosas horas para criar.

 

Calibro uma playlist dos anos 80, 90 e mergulho no universo dos hiperlinks, salto das plataformas. E aos poucos, vou esboçando os passos da semana que está a caminho.

 

Há tempos o domingo deixou de ser um dia de tédio na minha vida, mesmo tendo começado essa manhã derretendo acidentalmente uma tapawer da minha esposa.   

 

Dificilmente me chateio com os prenúncios da segunda-feira. Talvez porque esse seja o meu dia favorito da semana. Gosto de todos, mas a segunda tem um ritmo singular.  


“Bora trabalhar! Bora ser feliz!”


... farelos por aí ...

 



O assunto da aula era “Formas literárias”. Para provar que que a prosa é muito mais apreciada pelos leitores, de modo geral, fiz uma enquete para saber quem estava lendo uma obra literária no momento.

 

O número em cada uma das três turmas foi surpreendente, otimista para quem vive de literatura no Brasil, viu?! Ninguém lendo poesia, ilustre leitor(a); mas isso não é nenhuma novidade. Problema nenhum.

 

A surpresa surgiu com o título que uma aluna da 1ª Série está lendo: “Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra”, do Mia Couto. Putz! Nunca vi alguém com 15 anos lendo esse gigante da literatura moçambicana.

 

Ah, aí eu quis saber mais e descobri, entre outras coisas, que ouvir as pessoas falando de um livro que leu é uma das experiências mais ricas da minha vida.

 

O contato com a obra do Mia Couto surgiu em uma viagem de férias para a Bahia. Sem nada para ler, pois havia concluído a leitura dos outros títulos que separou para aquela temporada, quando sua mãe recomendou “Antes de nascer o mundo”. Nascia ali o interesse da jovem leitora pelo universo da prosa poética.  

 

No mesmo dia, só que outra turma, outra jovem leitora relatou a experiência de ler “A mulher na janela”, de A. J. Finn. Trata-se de um romance de suspense, mistério, uma trama muito envolvente inspirada na obra “Janela Indiscreta”, de Alfred Hitchcock.  Já dá para imaginar esse livro?

 

E, para fechar minha manhã, nessa profissão que costumo chamar de “professor de leituras”, uma terceira aluna pediu dicas de como engajar na leitura do romance “Memorial de Maria Moura”, de Rachel de Queiroz. Logo para quem ela foi pedir uma estratégia de leitura...


E aí? O que você achou dos títulos que minhas novas alunas estão lendo? 


Você ficou interessado(a) em ler algum desses livros? 


Deixe seu comentário, sua sugestão e até um próximo encontro sobre "Literatura". 


... farelos por aí ... 



Enquanto a primeira reunião do ano não começa, vai ver que são questões de ordem técnica, escrevo. Que fique registrado: nosso retorno letivo, no dia 1º de fevereiro de 2021, foi no Regime Letivo Remoto!



A vacina foi descoberta, porém, ainda só o quadro de funcionários da Saúde está sendo vacinado, por enquanto.  

 


No alto da tela, o título da fala que será ministrada por um dos diretores é “Esperançar”. Nesses minutos de atraso, penso em muitas coisas, inclusive, em ser grato pelo dom da vida.

 


“Faz escuro, mas eu canto”, título de uma das obras de Thiago de Mello, ilustra bem nosso percurso na Educação, no Brasil e no mundo. De fato, nós não paramos de caminhar.

 


Com a pandemia, perdemos entes queridos, perdemos bens materiais; mas que não percamos a ESPERANÇA. Não sei quem lê essas linhas, nem quando, entre perdas e ganhos ... registro a marca dos 97 quilos. Ultrapassei todas as estatísticas da balança, em toda minha vida. Um desafio.

 

Tenho consciência de que preciso fazer uma reeducação alimentar e todo o restante do combo para mudar esse quadro. Mas saber não basta, é preciso reagir, agir diante da situação.

 

Daqui pra frente não vou ficar tocando frequentemente nesse assunto. A última coisa que quero ser é um CHATO. Caso tenha interessa em se tornar seguidor deste blog, aqui você encontrará de tudo um pouco, no universo da Literatura. E sobre minha obesidade, escreverei em um tempo específico, já com data agendada.

 


Venha com o Farelo! Juntos vamos fazer ilustres descobertas

 


Bora lá!!!   



PS: Fomos recebidos com o músico Rubinho do Vale  

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