Caro D.,

Ontem não escrevi nada para ser postado aqui no blog. Acabei me engarnachando num artigo sobre especialistas da área de Educação, menino, que só Deus vendo, viu?

Ah, quando vou publicar esse texto de ontem? Será na hora certa. O título provisório do texto é Café amargo com os especialistas. Nele questiono muitas propostas, iniciativas. Na verdade, só entre a gente aqui: há muito tempo eu estava com vontade de disparar aquelas reflexões.   

Esperei por mais sete anos um ilustrador que topasse ser meu parceiro nas atividades aqui do blog.  Claro que nunca procurei, pois achava que esse tipo de parceria deveria surgir naturalmente. Assim está rolando.

Não adianta forçar nada. Parceria precisa rimar com sintonia. É preciso surgir afinidade das ideias, reciprocidade compreende?

Ficaria aqui horas aqui tratando desse assunto, mas não posso, pois atividades escolares estão me aguardando ansiosamente.

Um forte abraço e até breve.

... farelos por aí ...



Venho com novidade! Estou muito contente porque a partir de agora minhas migalhas serão ilustradas! Isso mesmo: todas as minhas crônicas de quinta-feira contarão com os traços da artista Marci N.!

Marci N. é paulistana, mora em Minas Gerais há uns 20 anos. Ela desenha desde criança. Na adolescência já fazia ilustrações por encomenda. Estudou arte e design na PANAMERICANA. É formada em Jornalismo e sempre procurou conciliar a arte com as atividades que desenvolve. Ao longo da pandemia, vem criando lindas aquarelas, como esta que está ilustrando este post. 

Para marcar o início da nossa parceria, Marci N. ilustrou a crônica “Uma quinta estação” do dia 03 de dezembro. Caso queira conferir o trabalho da artista e a migalha deste que vos escreve, segue o link:

http://www.alfredoescritor.com.br/2020/12/uma-quinta-estacao.html

Seja-bem vinda, parceira!

Abraços e

... farelos por aí ...



Eu até estava apreciando a ideia de deixar o cabelo crescer. A Menina do Baú Vermelho estava festiva com a ideia. Claro que meu cabelo nunca terá aqueles os cachos cheios de brilho. Ela puxou as madeixas, a cor dos olhos, o jeito da mãe (Graças a Deus por isso).


Meu cabelo já foi de tudo nessa vida. Ainda criança, com o rosto carregado daquelas pintinhas miúdas, meu cabelo era da cor de ferrugem. Chamavam-me de russo como consolo. Depois que fui entender a diferença entre russo e ruço. Os primos e amigos dos tempos do primário foram bastante generosos. Meu cabelo era encardido.


 Com o tempo ele ficou castanho, depois atingiu um tom quase preto. Um tom caminhando para o escuro. Isso durou pouco também, pois antes dos vinte anos, uns fios brancos vieram para morar de vez na minha cabeça. E aqui se multiplicaram de forma assustadora. Como consolo do cunhado, sempre ouço: “Pelo menos você ainda tem cabelo”, uma gargalhada e, na sequência, ele alisa com orgulho parte da careca.


Já pintei meu cabelo de amarelo, na empolgação de um Carnaval dos anos 90. Tive a honra de zerá-lo, quando passei no vestibular, lá no início do século (Acho que nem existe isso mais de raspar a cabeça) Fui de uma ponta à outra.


Mais recentemente, no contexto da pandemia, cheguei a propor que só cortaria o cabelo com o retorno das aulas presenciais, ou com a descoberta da vacina. Assim, variei a relação com esses fios, ao longo desses anos que brotaram em 2020. A experiência capilar chegou ao fim.


 Bem, mas não acabou a esperança na descoberta oficial da vacina para a Covid-19. O desejo de retorno às aulas presenciais em 2021 está cada dia mais vivo, cheio de cores.


 Assim, em um exercício de confiança, fé, esperança, quero lhe fazer um convite: que tal se a gente pudesse cultivar uma quinta estação? Sim, aqui, entre a primavera e o verão, e se criássemos essa estação?  


Uma estação que refletisse as cores de todas as outras, que juntasse todos os fios para (reconstruir) os laços familiares que se perderam, romperam ao longo desses anos polares. Uma estação que venha renovar nossa paciência para com o outro, que nos permita ouvir, antes de julgar, compreender, antes de atacar, agredir com ofensas. A sincera estação da mesa, da roda de conversas, dos sorrisos e da liberdade para falar das coisas boas desse mundo, dessa vida.


 Para entrar nessa estação, já vou cortar o cabelo, mudar o visual. Bora?!


 Nas palavras do grande Vander Lee, que Deus o tenha em seus acordes e letras:

 É hora de cuidar dos nossos jardins!

 Abs,   

 

... farelos de uma nova estação por aí ...

   



Há tempos eu não sentia o doce da primavera como o desse novembro que se vai nessa segunda-feira.

Com Deus, nosso Senhor, vamos todos receber o dezembro com a esperança de que os nossos pratos sejam menos atravessados por desespero na hora das refeições.

Que a gente possa receber as manhãs, ao canto de tantas aves que eu pensava não existir mais na nossa quebrada: o bulício dos pardais em todas as esquinas, a festa das maritacas que seguem em direção da Lagoa da Pampulha e, claro, as andorinhas que fazem fila no fio à espera da quebra do vento.

Enquanto aqui escrevo, porque é o dia da semana que mais me atrai, muitas ideias vão ganhando forma a cada linha. Essa é uma da s vantagens, caro D, de deitar-se no Word algumas intuições, uns desejos disfarçados de necessidade, os comentários inúteis a quaisquer outros leitores. Só interessam àqueles seguidores curiosos ou que estão em busca de novidade, de curiosidade a respeito daquilo que ando aprontando. Só que ando aprontando nada não.

Venho aprendendo a esconder minhas insatisfações na vírgula das conversas fiadas pelo discurso do atraso.

Outro dia veio à minha casa um montador de tela, aqueles emaranhados brancos que levam segurança para as janelas, que lembram a rede que faz companhia para as traves e o travessão da quadra ou do campo de futebol. O moço das redes, simpatia só que a gente vai logo oferecendo café e suco, confessou-me: “desde que que parei de reclamar minha vida passou a render mais”. Com ele aprendi que reclamação é fio sem ponta, quanto mais a gente o procura, mais a gente se perde, não no problema em si; perdemos a paciência, a tranquilidade, a amizade e diria mesmo que até a oportunidade de recomeçar. Que em dezembro a gente possa recomeçar.


Adeus, novembro de 2020!

Abraços, leitor(a)

... farelos por aí 

Salve! Salve! É com muita alegria e gratidão que compartilho minha participação no programa “Versos e preces”. Tive a honra de conhecer e ser acompanhado pelo músico Matheus Luna.

 Na oportunidade, falei um pouco do processo de criação, dos livros "Um estranho para o céu" e "Garimpo das bolhas de sabão". Foi um bate-papo muito leve, com músicas de altíssima qualidade. Segue um trecho da entrevista

 ... farelos por aí ...







 

 

Quando resolver fazer uma reforma, pense nesses elementos essenciais, nessas verdades:

os valores nunca fecham, pois, um serviço puxa outro que puxa outro;

prepare-se para assustar com a diferença de preço de um estabelecimento para outro e também se cuide para lidar com os vendedores e entregadores, nem todos são confiáveis;

você vai passar muita raiva, principalmente, com o pedreiro. Ah, disso ninguém escapa.

Agora, prepare-se emocionalmente para lidar com sua esposa, seu esposo. Reforma é de pirar o cabeção de qualquer um, caro D.   

Só quem faz sabe o que enfrentamos. Estou escrevendo agora para não criar transtornos com o final da minha reforma, mas como é desgastante. Deus do Céu!!!


– Não feche a janela.

– Está ventando muito. É perigoso você gripar.

– E onde a Fada do Dente vai entrar, pai?

– É verdade! Ela VEM nessa noite.

– Uma pena que ela só vem na hora que a gente tá dormindo, né?

– E se a gente deixar uma greta assim desse tamanho na janela? Ela passa?

– Nossa, pai, ela não é gorda assim. ELA não tá igual o senhor. É uma fadinha.

– Quem disse que não tem fada gordinha igual ao papai?

– Minha vó. Ela disse que as fadas voam muito e são todas magrinhas.

– Amo minha sogra! Sua vó é um espetáculo à parte.

– Pai, vem dormir comigo. Se não a fada não vem. Ou vai pra casa do meu coleguinha

– Tô indo.


Crônica: Alfredo Lima (Farelo) 

Imagem disponível em: https://www.dentistaorganizado.com.br

 

Caro D, nesse final de semana me dei ao luxo de partir para uma leitura totalmente inédita.

Antes não era tarde, de Pedro Gonzaga 

Parti para um livro ainda lacrado, crônicas de um escritor de quem eu nem nunca havia falado. Não se foi a fotografia da capa, o título poético, as cores. Não sei mesmo.

Não sei se pelo fato de o autor ser poeta, músico, tradutor. Só sei que as crônicas me acertaram em cheio, Caro D. A abordagem dos temas, as imagens poéticas, o olhar crítico e estranho para o cotidiano.

Gostei tanto que parti para o Instagram para saber se o escritor estava por lá. E estava. Agora nos conhecemos. Gostei tanto que o marquei em um post que compartilhei com meus seguidores. Gostei tanto que quero trabalhar algumas crônicas em sala de aula.

Há tempos não me envolvia assim com um livro. Questão de luxo nesses tempos de pandemia, viu?

Hoje é Feriado de Finados, mas não resisti ficar longe de ti, companheiro.

Abs,

... farelos por aí ...   

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