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Em um dia propício, dois jovens que se conhecem, porém não eram amigos, se encontram na torre do sino da escola, com a mesma intenção: tirar a própria vida.

Violet é a garota mais popular do colégio vive uma vida dos sonhos, mas sofre com a perda recente de sua irmã.

Finch é um garoto invisível no colégio, conhecido apenas por suas diferentes formas de se vestir caracterizado. 

Os dois sentem uma conexão única. E através de um desafio feito pela professora de geografia, eles têm o objetivo de percorrerem os lugares mais incríveis do local onde moram. Isso faz com que os dois se aproximem intensamente, descobrindo que nem o amor é capaz de combater os sentimentos obscuros dentro de cada um. 


“Por lugares Incríveis” é um livro de 2015, entretanto, é extremamente atual a maneira como lida com todos os problemas dos jovens da atualidade; de modo que quem lê não se sente como um leitor e sim um dos personagens da história.

O livro foi a primeira publicação da autora Jenifer Niven e há uma possível adaptação cinematográfica para os próximos anos. Além disso, ele deveria ser lido por todos os adolescentes que amam esse tipo de literatura. 



Em um futuro distante, conhecemos June, uma garota exemplar, que acaba de conseguir a nota mais alta em uma prova que decide o seu futuro, que junto com suas habilidades militares, já é praticamente certo: ser a defensora da república.

No outro lado da Los Angeles de 2130, temos Day, conhecido por ser o criminoso mais procurado da cidade, que jura acabar com todo o sistema construído pelos republicanos. Era esperado que o caminho dos dois jovens nunca se cruzasse, porém, a morte do irmão de June, faz com que toda a culpa caia em cima de Day, fazendo com que June queira de todas as forças fazer justiça em nome do irmão. 

O livro se trata de uma distopia, escrita por Marie Lu, que retrata um futuro em que a América do Norte se encontra completamente em guerra, causada pela república a colônias existentes. O lugar está completamente destruído, pragas preocupam a sociedade e forçam a colocar as cidades em quarentena. Além disso, a distribuição de renda e classes sociais são absurdamente desiguais.  

A história é contada em 1º pessoa, alternando as visões dos dois personagens principais, o que torna tudo mais interessante para quem lê, pois tem uma versão de ambos os lados e podemos acompanhar a evolução de cada personagem da trama.

Legend” é o primeiro livro da trilogia escrita pela autora, seguidos por “Prodigy” e “Champion”. no Brasil, o livro ainda não é tão conhecido, porém, no exterior fez tanto sucesso, que uma adaptação para o cinema já vem sendo gravada, prometendo um sucesso no nível de “Jogos Vorazes”.

Boa leitura!

Abraços,
Emanuelle Silva  


– E aí, o que tá achando do livro?

– Bom. Mas não chega aos pés daqueles que li na semana passada.

– Agora cê virou crítica de livros?

– Não, pai. Só indico livros que eu gosto no Baú Vermelho.

Essa menina está cada dia mais atrevida  mesmo. Me xingou todo só porque não fiz um posta na semana passada. Então, nessa semana vai ser dose dupla.
A Menina do Baú Vermelho contou para todos da família “A verdadeira história dos Três Porquinhos”. Segundo minha esposa, enquanto ela lia a história em voz alta no seu quarto, também soltava umas gargalhadas.

– O irado desse livro, pai, é que o Lobo é quem conta a história. Ele é muito engraçado. Tem mais: os Três Porquinhos não passam de uns bobocas. 

Mais uma criança que se apaixona pela figura do Lobo. Como se não bastasse a caçula.

– O pessoal tem que saber também que o Lobo dessa história não sopra casa nem nada, ele apenas solta uns espirros altões...

E outro livro?

Cheguei da feira e encontrei A Menina se divertindo com esse livro:

– Como assim Chapeuzinho Vermelho conversando com o Saci. Cê tá ficando doida?  

– Ele se conheceram nos livros e depois ficavam só trocando mensagens por e-mail.

– Mas aí o que acontece depois?

— Ah, pai? Eu não posso contar. Peça pro pessoal pra adquirir esse e o outro livro. Eu peguei esse livro na biblioteca da escola. O outro peguei no meio dos livros do Projeto.



Olá! A Menina do Baú Vermelho aprontou na manhã da última sexta.

Bem cedinho, enquanto preparávamos para sair para a escola, ela passou a mão em um livro novinho. Com muito cuidado, acomodou o tesouro em sua mochila.    

Não falei nada. Só a observei, sem dar bandeira. “Vamos ver no que isso vai dar”, pensei lá com meus botões, entre uma ação e outra da manhã.

Durante o recreio ela leu o livro todinho. Na volta pra casa, a moleca nos surpreendeu mais uma vez.

— Pai, quero que você indique esse livro no Baú Vermelho!

Mas a biblioteca da escola está passando por uma reforma. Onde você conseguiu um livro?

— É esse aqui! Peguei no meio daqueles que a Carminha, da editora Lê, mandou pra Clarice.
Ela abriu a mochila e nos mostrou com detalhes a obra “A Ovelha Negra”, de Bernardo Aibê. Cintos afivelados. Liguei o carro e partimos.  Dessa vez eu e a caçula assumimos o lugar de ouvintes. A Menina do Baú Vermelho foi quem contou todo o enredo do livro. Ainda por cima explicitou a lição que aprendeu com o livro. É mole?

Cecília está com a intenção de ler e indicar um título por semana aqui no blog. O que vocês acham dessa iniciativa?

A partir de agora  ela ficará responsável por tirar e editar as fotos, assim como procedeu dessa vez.
Segundo Cecília, ser a ovelha negra tem lá suas vantagens, inclusive a de ser feliz. Como assim? Ah, para saber é preciso ler o livro.
"Tita era uma ovelha diferente... Ela queria ser igual às suas amigas. Queria, mas não era... Tudo para ela se tornava mais difícil. Até amar era complicado. De nada adiantavam os carinhos e a atenção das outras ovelhas. Será que ser igual a todo mundo é tão bom assim?"

Um forte abraço!
Até breve!

Tava demorando ela pedir pra mandar uma dica inusitada no blog. Os colchões espalhados na sala. A menina do Baú Vermelho e a irmã, as descabeladas, brincavam de tudo quanto era riso no fim da tarde.

— Cês vão jogar tudo no chão. Ah, quando mamãe chegar vai dá BO pra todo mundo.

— Vai nada. Tamu é tudo louca!

— Deu pra ver. Ai, ai...

Assim do nada, a mais velha deu o grito:

— Ah, pai, pensa que esqueci, né?

— Do que cê tá falando?

— A gente tá que nem a dona do livro que cê falou que ia indicar no blog...
Ah, não prometa nada para sua filha de nove anos. Ela vai cobrar, mais cedo, mais tarde. Ela leu o livro no mês passado, antes do Natal, falou que era pra indicar e tal. Só que esqueci.

Quando a gente leu, na tranquilidade da casa da vovó, ela comentou:

— Nossa, pai, essa Dona Maluca chega a dar medo.      

— ?

— Sei lá. Maluca não. Ela é muito é corajosa de viver numa casa enorme sozinha.
  
“Era uma casa pouco engraçada, tinha teto e muita papelada”. Oh, eu lembrando de outra casa aqui.  Voltando à conversa:

Cê num vai ficar dando pistas, né? Daqui a pouco vai contar o que tinha nos quartos da Dona e o que acontece no final.

— Ok! Parei de contar. Quem quiser saber que leia a obra....

— Disso todo mundo sabe, pai. Acaba aí logo e vem brincar com a gente.

– Fui

  
 Título: A casa da Dona Maluca
Autora: Sandra Branco
Ilustradora: Silvana de Menezes
Editora: IMEPH


É um dia tenso para o jovem Leonard Peacock, pois, além de ser o seu décimo oitavo aniversário, ele tem uma missão especial: matar seu ex-melhor amigo, Asher Beal, e logo após isso, se matar com a arma de seu avô.

Entretanto, antes de cumprir essa perigosa e fatal missão, o adolescente tem a vontade de se despedir das quatro pessoas mais importantes de sua vida, dando um presente a cada um deles: Walt, o vizinho apaixonado por filmes; Baback, seu amigo de escola; Lauren, sua crush e Herr Silverman, o professor de história que está ensinando para a turma de Leonard sobre o holocausto.

A partir de cada encontro, conhecemos um pouco mais sobre Leonard, e é notável para o leitor os motivos para seu sofrimento e as razões pelas quais ele não quer mais viver.

O livro tinha de tudo para ser uma narrativa tensa, e que nos deixasse aflito, mas o enredo que envolve o protagonista faz com que tenhamos compaixão e empatia; começamos a nos afeiçoar ao garoto, lembrando muito a narrativa do conhecido “Os 13 porquês”.
 
“Perdão, Leonard Peacock” foi escrito por Matthew Quick, mesmo autor do livro ‘O lado bom da vida’ e serve de aprendizado para esse ano que se inicia, o livro nos faz refletir em como cada pessoa tem um papel importante em nossa vida e em como temos que cuidar de quem é presente.

Desejo a todos uma boa leitura e um bom início de ano!
Abraços da Emanuelle!


Alfredo Lima, Silvana de Menezes e Paulo Fernandes 
A ENTREGA DO PRÊMIO

Desde a criação do projeto “Livros em todo lugar”, em 2013, a maior demanda foi de livros do universo infantojuvenil. Pensando na importância da literatura brasileira e, claro, nessa procura ao longo dos últimos cinco anos, decidimos homenagear uma obra por ano! Não se trata de um prêmio. Não é um concurso. É uma das formas que encontramos de agradecer aos escritores do Brasil.

Em nome de todos os colaboradores do Projeto, com enorme satisfação, informamos que a obra homenageada em 2018 pelo “Livros em todo lugar” é: MENINAS, BAH!   


A OBRA HOMENAGEADA

No livro “Meninas,Bah!”, Deco, o narrador, nos conta a história da chegada de sua irmãzinha que causa grande decepção, pois afinal, na visão dele, meninas não sobem em árvores destemidamente, não brincam de lutar espadas e, muito menos, fazem concurso de distância de xixi em pé. 

As dificuldades em lidar com a irmã como amiga e companheira são muitas, mas com passar do tempo, Deco percebe que pouco importa a diferença embaixo da fralda. Ele e a irmã não são diferente só pelo sexo. o que os diferencia mesmo são as ideias, pois o mundo, na verdade, se divide entre os que amam e os que não amam. O livro nos possibilita uma boa conversa com as crianças em relação ao respeito, as diferenças, amor e amizade.

"A menina do Bau Vermelho" com a autora do "Cabelinho Vermelho"

CONHECENDO A AUTORA

Silvana de Menezes é artista plástica, escritora, cineasta e cenógrafa e conta com vários títulos publicados para crianças e adolescentes.


"SÓ FORÇAS!" 

Essa é a expressão que um artista e sua equipe, aqui mesmo da nossa quebrada, empregam para demonstrar apoio, carinho e afeto aos desafios que enfrentam pelo caminho. Um salve para todos que colaram nessa iniciativa do “Livros em todo lugar”, em especial, o parceiro Paulo Fernandes.  Gratidão ao pessoal da Na Tora Design que fizeram esse troféu maravilhoso e que tanto encantou a artista Silvana de Menezes.   


Com o mês de dezembro, o primeiro pensamento de todos é lembrar que o ano já está no fim, mas o meu sempre será: O natal já é daqui a alguns dias. E por isso, o livro deste mês reúne três autores bem conhecidos, John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle são os responsáveis pelas três histórias que formam o livro “Deixe a neve cair”.


A primeira história recebe o nome de “O expresso jubileu” em que a protagonista Jubileu, se sente muito sortuda por estar namorando com o garoto mais popular do colégio, entretanto, ao decidir passar o primeiro natal com a família do garoto, seus pais se envolvem em uma confusão na compra de presentes de natal e a garota é obrigada a ir até a casa de seus avós. Como se não bastasse toda essa confusão, no meio da viagem de trem, Jubileu se perde no meio de uma das paradas do trem e acaba parando numa casa no meio de uma floresta.

Logo em seguida temos “O milagre da torcida de natal” onde, três melhores amigos, Duke, JP e Tobim se encontram presos em casa durante a véspera de natal, enquanto a cidade passa por uma nevasca. Entretanto, esse cenário muda quando Keun liga para os amigos, informando que um trem acaba de parar na cidade ( o mesmo em que Jubileu está) e que precisa que os três garotos levem até a sua lanchonete um twister para animar líderes de torcida. Eles se convencem e agora tem uma difícil missão: ir até o outro lado da cidade no meio de uma nevasca.

Para finalizar, temos “O santo padroeiro dos porcos” em que Addie, uma garota extremamente romântica e dramática, acaba perdendo seu namorado Jeb. Para consolar a garota, suas duas melhores amigas passam o dia em sua casa, porém, acabam soltando alguns defeitos da amiga, como por exemplo que ela é uma pessoa muito egoísta. Dessa forma, Addie se sente  arrependida e resolve correr atrás de Jeb. Além disso, promete a sua amiga que para provar que não é daquela forma, buscará seu porco de estimação no dia seguinte. A história também é responsável por unir todos os outros personagens já apresentados no livro, pois eles acabam se encontrando de maneira inesperada na lanchonete da cidade.


A história que indico para vocês nesse mês começa em 1986, na pequena cidade Anderbury, onde cinco amigos; Eddie, Gav Gordo, Hoppo, Mickey Metal e Nicky passam se comunicar através de uma linguagem só deles. Linguagem essa que os adultos não pudessem entender: homens de giz desenhados pelos lugares. Entretanto, em uma das aventuras desse grupo, eles acabam chegando a um bosque, onde há uma pessoa morta.

Trinta anos se passam, os amigos tentaram retomar suas vidas e segui-las como planejavam, porém, um dia repentinamente, recebem uma carta anônima, que possui o desenho de um homem de giz enforcado. A trama fica mais tensa, pois ninguém consegue imaginar quem poderia ter mandado aquela misteriosa carta.

Essa mudança de tempo se torna algo interessante, pois notamos como as pessoas amadurecem e ainda assim a amizade se mantém. O autor propõe ao leitor uma certa manipulação; pois ao mesmo tempo que faz com que ele saiba o que está acontecendo, arranja reviravoltas do início ao fim.

“O homem de giz”  é escrito pelo britânico C.J Tudor. O livro foi publicado em Janeiro deste ano e possui uma narrativa cativante e bem parecida com o estilo do famoso Stephen King, que mistura suspense com um leve toque de terror,  responsável por nos deixar atônitos a cada palavra que ele usa. Os amantes de “Stranger Things” e de “It: a coisa” adorariam fazer uma leitura desse livro, durante as noites.


O livro desse mês foge um pouco dos padrões dos que já foram indicados: Retalhos, de Craig Thompson, é um romance em quadrinhos que te prende do início ao fim. O autor é o responsável por narrar episódios da sua própria história, tendo como início sua relação com o irmão, a família e a religião e conta tudo de maneira amigável, o que faz você sentir simpatia por ele.

Todos esses aspectos são alterados quando Craig vai para um acampamento da igreja e conhece Rainá, uma garota que foge de todas as suas crenças. Lá, eles passam um tempo junto e Craig se apaixona pela primeira vista por ela.

Raina vive em uma situação complicada. Seus pais acabaram de se separar e seus irmãos não conseguem aceitar. Ela nunca foi uma garota religiosa e é em Craig que ela encontra um porto seguro. Os garotos passam as férias juntos, mas o final é surpreendente.
Particularmente, nunca havia me apaixonado tanto por histórias em quadrinhos como essa. Quando vi o livro pela primeira vez, acreditei que por ser muito grande seria uma leitura densa, mas ao iniciar não consegui mais parar. É uma história não convencional, que ao mesmo tempo entretém e faz pensar. O autor possui outras histórias em quadrinho que também recomendo.

Ótima leitura a todos.

Emanuelle Silva


Já conhecemos Rick Riordan, autor das aventuras de Percy Jackson, mas ainda não conhecemos a sua nova saga: As crônicas dos Kane. A saga sai do universo grego e parte para o egípcio, em seu primeiro livro “A Pirâmide Vermelha”, o autor narra a história de Carter e Sadie, dois irmãos que perderam a mãe muito cedo. Desde o ocorrido, os irmãos tentam viver a vida de formas distintas, com seus avós e seu pai: Julius Kane, um famoso cientista.

Entretanto, um erro no laboratório de Kane traz acidentalmente os deuses do Egito para a sociedade contemporânea e, ao descobrir isso, os irmãos se envolvem em uma viagem, para salvar o mundo de um dos piores deuses egípcios – Set. No desenrolar da história, descobrimos junto com esses irmãos muitos outros segredos, como por exemplo, que eles possuem habilidades mágicas, que fazem com que essa viagem se torne uma verdadeira aventura.
O livro possui uma narrativa bem semelhante a Percy Jackson, é rápida e prende a atenção do leitor. O fato de demonstrar a visão dos dois irmãos faz com que o leitor entenda melhor o ponto de vista de cada um e se identifique. Além disso, trata-se de uma maneira mais dinâmica de aprender sobre a antiguidade – de forma que o autor explora de forma realista o fator histórico – o que desperta o interesse de saber o que aconteceu naquela época, que não é tão estudada por nós.

A saga conta com mais dois livros: Trono de fogo e Sombra da serpente, e são uma ótima leitura pra agosto, já que é conhecido por ser um mês tão longo.





Para início de conversa, Silvana de Menezes, é a madrinha do Baú Vermelho. Foi com o livro Cabelinho Vermelho e o Lobo Bobo, da Abacatte Editorial, que demos início a esse projeto de indicação de livros para crianças aqui no blog.

Numa linda manhã de sábado dessas aí, tivemos a alegria de conhecer a artista Silvana de Menezes. “Nossa, pai, como ela é estilosa!” Verdade! Ela é sinônimo de estilo, talento e carinho com seus fãs.
Naquela mesma manhã eu e minha esposa deixamos Cecília escolher mais um livro da madrinha do Baú Vermelho. A menina mais do que depressa comprou a obra Vanda Vamp e, de quebra, ganhou um autógrafo e tirou uma foto com a autora.

Ao contrário dos últimos livros, esse a Cecília já leu sozinha umas duas vezes, em voz alta. Fiquei de longe. À medida que vai avançando no enredo da vampirinha Vanda, ela começa a soltar umas gargalhadas assim do nada. Trem estranho, viu?

– Ela é verde, pai! Cê já leu algum livro de vampiro assim?

– Assim, não. Eu tenho medo de qualquer vampiro. Falou que é vampiro estou vazando.   
– Da Vanda cê num vai ter medo não.

– Por que? Como você sabe?

– Ela é vegetariana!
Depois disso, a Cecília sorriu novamente. Também não consegui segurar o riso. Não o tinha o que falar. O melhor foi correr para o computador e registrar mais essa experiência de leitura com A menina do Baú Vermelho.

Um forte abraço,

Cecília e Alfredo

Título: Vanda Vamp – Espelho meu, como sou eu?
Autora e ilustradora: Silvana de Menezes
Editora: Elementar


No último mês de maio, Marcus Vinícius de Souza, professor e músico, lançou a obra “Ecos de uma escrita”, pela Ramalhete, casa editorial de Belo Horizonte. Na ocasião, não pude comparecer ao evento. Em razão das atividades que desenvolvemos na quebrada, também não fui ao segundo lançamento no mês seguinte. 
   
MAS esses desencontros não impediram que um exemplar autografado chegasse até minha morada. Como sabem, sou fascinado com o universo dos livros, em especial, os de literatura como este que tenho em minhas mãos.

Perdoe-me, Marcus Vinícius de Souza, por não ter lhe escrito antes. Estive no epicentro das obrigações. Como dizem, meio apertado de costuras, compreende? Gostaria que soubesse que é com muito orgulho e satisfação, companheiro, que venho tecer umas palavras sobre seu livro. Bora lá?!

Depois de percorrer os Reflexos da invenção, conhecer um pouco as sonoridades biográficas do músico, poeta e professor, depois de chegar ao tema e, na sequência,  ser tocado pelas improvisações, encontrei-me numa espécie de labirinto das sensações. A cada verso, estrofe, a cada virar de página, surgia um fio de pensamento; ora no ritmo da indagação, questionamento; ora na imagem da canção, rios de vento.
Marcus Vinícius, depois de sentar diante desse maravilhoso banquete de sinestesias, ficou uma pergunta em forma de poesia: como se faz para abraçar o silêncio?

Tive que escrever de verde essa indagação na esperança de construir uma resposta, uma, pois acredito que há inúmeras por aí, com variações mil. Desconfio que uma das formas de abraçar o silêncio seja com as palavras em estado de poesia. No seu caso, porém, com melodias, harmonias e ritmos, em outro tom, com música.

Felicidade nossa a de contemplar os versos do professor e saxofonista, do compositor e letrista! O artista que com sua escrita pulsante nos apresenta o eco magnético, a onda arrepiante. Certa vez li que Hemingway afirmava que uma ideia é boa “quando os pelos dos braços se arrepiam”. E o que dizer de um poema que nos arrepia diante do piano na rua? Que tal a leitura da Sonata ao luar, em voz alta?

Vi um piano na rua
Melodias vou poder tocar
Vi um piano na rua
Colorido, muitos rabiscos e formas ao azar

Vi um piano na rua
Uma senhora, o menino a cantar
Vi um piano na rua
Um protesto, uma voz que quer martelar

Vi um piano na rua
Objeto esculpido no ar
Vi um piano na rua
Cacos, arames, lembranças pro lixeiro catar

Não tem piano na rua
Vidas cinzas que seguem
A vagar        

Mais do que uma ideia, esse poema nos recolhe para uma pausa do dia. Nesse tom, na esfera da música, no balanço, nas batidas rítmicas do verso “Vi um piano”, a gente vai encontrando o oceano, que às vezes, se perde no rio do cotidiano.  

Que “Ecos de uma escrita” seja o primeiro de muitos títulos, Marcus! Que você possa com a poesia nos ensinar mais algumas Lições de música! 

Título: Ecos de uma escrita
Autor: Marcus Vinícius de Souza
Editora: Ramalhete
Onde comprar: http://www.lojaeditoraramalhete.com.br

... farelos por aí... 

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