hora que a gente explode

 

"... um grito de liberdade não se guarda na garganta". ( José Falero)

Aquela nota adormecida na garganta, 

coitada, muito tempo abafada 

pelas imposições sem o nexo das 

cobranças inválidas. 

A voz emudecida de quem precisa 

subir o tom, tornando-se 

irreconhecível aos distantes; porém 

o gigante das raízes, reconhecido

na força dos troncos, 

na segurança dos galhos, 

está consciente na 

respiração das folhas.

As cores do canto dançam

na leveza das flores e acenam 

para o sucesso dos frutos.

Eu vejo a árvore, 

respiro o perfume das estações do divino,

menino, sei que é hora de 

me preparar para o grito.   

...


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