no gesto miúdo – II

 



A aplicação de provas sempre representou clima de tensão. Há muitos fatores em cena: desde o preparo até a necessidade da nota positiva.

 

Após o retorno ao ensino presencial, por conta da pandemia dos últimos 24 meses, esse quadro se tornou ainda mais explícito. Só quem está diretamente conectado ao universo da sala de aula compreende o que os professores e alunos estão enfrentam. 

 

No meio de tudo isso encontrei um sim, um pedido que, frequentemente, afina o tom das canções de um mundo melhor, inclusive, com menos guerra e discórdias.

 

“Acabei a prova. Posso pegar meu livro na mochila?”   

 

Enquanto os outros colegas não terminam a avaliação, esses outros estudantes aproveitam o tempo para se desconectar deste mundo. Percorrem estradas de enredos empolgantes. Ficção científica, romance policial, fantasia, aquele que inspirou a série, o outro que se passa na Idade Média, um que tanto amo. 

 

Livros! 

 

Até hoje não tive coragem de falar com esses leitores do pós-prova. Talvez por falta de tempo. Também não conheço alguém que tenha escrito sobre esse momento breve na vida dos leitores.

 

Mas chegou a hora! Aos leitores que aproveitam todos os tempos e templos para seu exercício, meu sincero abraço.

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