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Na tarde do último domingo do mês, estive no Parque Amendoeiras, a convite da Yara e do Henrique. Guarde bem esses nomes.


Fui ao parque na categoria de ouvinte. Colei lá para conhecer de perto um dos projetos desses dois líderes da nossa quebrada.


O que rola? Todo último domingo do mês, eles se reúnem no parque para uma troca de ideias sobre Filosofia. Isso mesmo que você leu. De forma leve, descontraída, muito gostosa, eles coordenam um Clube de Leitura com foco na Filosofia.


A partir do livro lido no mês anterior, livro que o participante escolheu (reforço), ele expõe suas ideias, impressões para o grupo. Tudo isso sem perder de vista o diálogo da Filosofia com as questões da atualidade, dos nossos tempos. Entendeu?


Um tecido sobre a grama, os livros à disposição dos frequentadores do parque; no canto uma sacola com lanches. Para cada assunto que desponta, os nossos MCs têm uma preciosa sugestão de leitura: “Este livro aqui trata desse assunto, nele você vai..."


Yara e Henrique, que projeto massa! Como é bom poder conversar assim sobre Filosofia! Assim sem frescura, sem aquela abordagem enfadonha das academias. Como é rico estabelecer diálogos com outras áreas... ter os filósofos conosco bem na miudinha, tomando uma xícara de café, no final da tarde. Vocês nos representam.


Foi minha primeira vez e, claro, peguei um livro de ensaio: o título que estampa este post. No final do mês de março, voltarei ao parque para compartilhar as impressões e estabelecer conexões com a Filosofia.


Yara e Henrique, mais uma vez: meus parabéns! E vamos que VAMOS espalhando leituras por aí, parceiros!  

 

...
farelos por aí ...

 

 

Janeiro

A menina sem palavras, Mia Couto

A vida íntima de Laura, Clarice Lispector

A vida que ninguém vê, Eliane Brum

Filó & Carijó, Marismar Borém

Galiléia, Ronaldo Correia de Brito

Metamorfoses, Flávia Côrtes (et al)

Os Supridores, José Falero

Torto Arado, Itamar Vieira Junior






 



 



 


Desde já, muito obrigado pela sua contribuição! Seguem os dados:

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Se você tem interesse em receber doações de livros do Instituto, entre em contato WhatsApp:

(31) 99275-5575 


1) Nosso foco é a leitura literária. Diante disso, não recebemos doações de:


📖 livros didáticos, técnicos, teóricos,

📖 catálogos, enciclopédias (Barsa / Delta)

📖 apostilas de cursinhos preparatórios, colégios, etc


Por que não recebemos esses materiais? 


Primeiro, como mencionado acima, nosso projeto é de incentivo à leitura de obras literárias. 


Segundo, não temos ambientes adequados para armazenar esses materiais que, geralmente, ocupam muito espaço.


2) Quais livros/materiais o Instituto recebe? 

Livros literários de diferentes gêneros: 

romance,
conto,
crônica,
poesia,
letra de música 
biografia

Nós também recebemos revistas de Histórias em Quadrinhos. 

Para realizar suas doações, basta entrar em contato com a nossa equipe pelo WhatsApp:

(31) 99275-5575 


Às 09h45 da última manhã, recebi em minha casa a Carminha, consultora da editora Compor.

 

Quem conhece a Carminha, sabe que ela é a ilustre representante da “Tribo da Sensibilidade”.

 

Era o intervalo das aulas. Documentos assinados, a próxima turma a caminho e a surpresa: “professor, você conhece o mais novo livro da poeta Roseana Murray?”  

 

Até aquela doce pergunta, conhecia os títulos só dos posts nas redes sociais, bem por alto.

 

Agora, com o título em mãos, não vejo a hora de ler e apreciar as mais novas composições da grande poeta Roseana Murray.

 

Descoberta: é a primeira vez que vou ler uma obra recheada de tankas!

 

... farelos por aí ... 

 

Parabéns, querida Roseana Murray! Parabéns, Evelyn Kligerman!


Carminha, aquela artista lá de BH, tem razão: você nos enche de alegria com sua energia!

 

... farelos por aí ...

 


A cada episódio, um escritor, uma poeta, um artista da palavra é apresentado(a) aos “ouvintes de fino trato” do podcast “Diálogos Quixotescos”.

 

O projeto é produzido e apresentado pelo escritor, educador e livreiro Paulo Fernandes, que também é idealizador do canal de literatura infantojuvenil “Ler é criar asas” (Youtube)  

 

Nessa noite, antes de dormir, depois de preparar as aulas da manhã seguinte, comecei a ouvir o episódio 17 que tem como homenageada a ilustre poeta de Goiás, Cora Coralina, que na verdade não tinha esse nome de batismo.

 

Você sabia que ela escolheu o próprio nome?

 

Você sabia que ela foi mãe, doceira, vendedora e nunca deixou de ser uma poeta e contista?  

 

 Nesse episódio 17, você conhecerá um pouco mais sobre a “Confeiteira das Palavras”. De tempos em tempos, de tempos em tempos, Paulo Fernandes faz a leitura encenada, a leitura emocionada de alguns poemas  da querida Aninha (Ops! Quem é essa outra? Ouça e descubra.

 

Esse episódio, ao som de uma gostosa trilha sonora, está simplesmente imperdível.


Abraços, 

... farelos por aí ... 

 


Este post é para os alunos da 1ª Série do Ensino Médio, lá do Colégio Santa Maria Minas Floresta, e para Cecília Lobo, responsável pelo voo daquela tarde.

 


Ao tratar da preocupação estética e da beleza do texto artístico-literário, pedi licença os alunos e “mandei” (pensei que estava num sarau, microfone aberto) um poema do livro “inflamáveis”, publicado pela Crivo.  

 


Era segunda-feira, um dia especial da minha semana. Após a leitura, o silêncio, o chat imóvel. Cheguei a pensar que o Teams havia "bugado".

 


Comecei a pensar que não deveria ter feito aquilo. Que ousadia essa de declamar uns versos assim tão urgentes em plena tarde de segunda-feira?

 


Aos poucos, eu fui lendo as palavras que piscavam como estrelas no box de mensagens. Os alunos acolheram os versos com uma atenção distinta, captaram os pingos de tinta que a poeta lançou às entrelinhas da História. 

 


Escolhi não discorrer sobre o poema, assim deixarei que você, leitor(a) possa fazer a sua leitura desses versos em voz alta e descrever suas impressões. O que acha?

 

 

Que você também possa sentir um pouco do que vivemos naquela tarde:

 


 loucas

 

Sou grata pelas mulheres

Que foram loucas antes

E assim pavimentaram caminhos

Para que eu fosse louca agora

Sou grata pelas mulheres

Que não se afogaram em normas

Que nos liberaram avenidas

Por onde desde então desfilamos

Sou grata pelas mulheres livres

Que me deixaram de herança

Ao menos algum tanto

De liberdade

Às que por ventura

Venham depois de mim

Desejo que sejam

Menos flor e mais espinho

Espero que recebam de mim

Algo de lindo e de luta

Espero findar deixando a elas

Olhos abertos, braços fortes

E a coragem do grito

 

LOBO, Cecília. Inflamáveis. Belo Horizonte: Crivo, 2019. p.46.

 

... farelos por aí ...  


Imagem e biografia da poeta disponíveis em: 

https://medium.com/revista-contexto/dois-poemas-de-cec%C3%ADlia-lobo-43fc5ac6c1b0




 



O assunto da aula era “Formas literárias”. Para provar que que a prosa é muito mais apreciada pelos leitores, de modo geral, fiz uma enquete para saber quem estava lendo uma obra literária no momento.

 

O número em cada uma das três turmas foi surpreendente, otimista para quem vive de literatura no Brasil, viu?! Ninguém lendo poesia, ilustre leitor(a); mas isso não é nenhuma novidade. Problema nenhum.

 

A surpresa surgiu com o título que uma aluna da 1ª Série está lendo: “Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra”, do Mia Couto. Putz! Nunca vi alguém com 15 anos lendo esse gigante da literatura moçambicana.

 

Ah, aí eu quis saber mais e descobri, entre outras coisas, que ouvir as pessoas falando de um livro que leu é uma das experiências mais ricas da minha vida.

 

O contato com a obra do Mia Couto surgiu em uma viagem de férias para a Bahia. Sem nada para ler, pois havia concluído a leitura dos outros títulos que separou para aquela temporada, quando sua mãe recomendou “Antes de nascer o mundo”. Nascia ali o interesse da jovem leitora pelo universo da prosa poética.  

 

No mesmo dia, só que outra turma, outra jovem leitora relatou a experiência de ler “A mulher na janela”, de A. J. Finn. Trata-se de um romance de suspense, mistério, uma trama muito envolvente inspirada na obra “Janela Indiscreta”, de Alfred Hitchcock.  Já dá para imaginar esse livro?

 

E, para fechar minha manhã, nessa profissão que costumo chamar de “professor de leituras”, uma terceira aluna pediu dicas de como engajar na leitura do romance “Memorial de Maria Moura”, de Rachel de Queiroz. Logo para quem ela foi pedir uma estratégia de leitura...


E aí? O que você achou dos títulos que minhas novas alunas estão lendo? 


Você ficou interessado(a) em ler algum desses livros? 


Deixe seu comentário, sua sugestão e até um próximo encontro sobre "Literatura". 


... farelos por aí ... 



Pausa Literária com o Professor Farelo l #01 l Colégio Loyola

 

 


Olá, gente! 
Hoje eu vim indicar um livro  que se chama “O Rei Preto de Ouro  Preto”, da autora Sylvia Orthof.
Você se surpreende como é contado e com quem narra a história.  É muito legal!
As ilustrações são lindas tomara que você goste.
Até  a próxima indicação
Tchau,
A Menina do Baú Vermelho

Título: O Rei Preto de Ouro Preto
Autora: Sylvia Orthof
Editora: Global 

Olá, gente!

Gostaria de indicar  um livro muito legal. O livro se chama "Você não vai  abrir?" O autor é Cesar Cardoso.

Você já viu um livro que reclama do próprio autor?



Já dá para imaginar que é muito legal, né?

E você vai dar muita risada. Então, foi essa foi a indicação dessa semana. 

Até a próxima dica.

Tchau,

A Menina do Baú Vermelho 

Incentivo à leitura no Colégio Santa Maria Minas Floresta.

Na última sexta-feira 13 (set), estreei a série “Uma traça na minha sala”. A “invasão cênica” ocorreu nas turmas do 4.º e 5.º anos do Ensino Fundamental e contou com a participação dos alunos e professoras.

Nesse breve encontro, no papel de uma traça, falamos da importância da leitura, lemos o livro “Como nascem os pássaros azuis”, de Walter Lara; discutimos sobre as aventuras da célebre “Chapeuzinho Amarelo”, de Chico Buarque, com ilustrações do Ziraldo e ainda tive tempo de responder algumas perguntas sobre o processo de criação literária.
Foi um encontro mágico!  Agora é aguardar o convite para mais invasões...


Ficha técnica:
direção: Leandra Pacífico
concepção e seleção de texto: A menina do Baú Vermelho
atuação: Farelo




A cada vez que lemos, conhecemos novas histórias e, consequentemente, novas pessoas. Além disso, somos capazes de descobrir diferentes faces de um mesmo autor, como no livro indicado deste mês, em que o escritor John Green, járeconhecido por suas narrativas emotivas e amada pelos jovens. Agora, porém com sua nova obra, “Tartarugas até lá embaixo”, conhecemos uma nova versão desse narrador tão consagrado contemporaneamente.

Ao iniciar a leitura, conhecemos a perspicaz Aza, uma adolescente de 16 anos, que tem que conviver com seu Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC). Aza descobre uma pista sobre um desaparecimento famoso na cidade, em que há uma recompensa de 100 mil dólares e, prontamente, pede ajuda à sua melhor amiga, já que possuíam uma amizade antiga com o filho do milionário desaparecido.
 
Além da trama principal, é muito interessante observar a relação de Aza com sua própria personalidade e o controle de sua mente, e de que maneira o TOC influencia na sua convivência com os outros em sua volta. Aos poucos, vamos nos identificando e até nos solidarizando com a personagem. John Green fez uma ótima escolha em colocar características tão fortes em um livro tão tranquilo e cativante.



No dia 05/06/14 tive um inesquecível encontro com o poeta Libério Neves. Para entender um pouco o motivo da minha alegria, já vou avisando que aguardava por esse momento há 05 anos. Fui professor da sua neta. Em abril de 2009, o escritor me enviou de presente um dos seus títulos, “Voa, palavra”. Mas não vou falar das minhas impressões, nesse primeiro momento. Quero lhe (re)apresentar  um pouco desse grande artista.


Libério Neves despertou seu encanto pela língua portuguesa no curso de Direito da UFMG. Nessa época, apaixonou-se pelos recursos expressivos da escrita, pelo respeito com que os mestres atribuíam à língua pátria.
Encanto e respeito presentes em sua obra, em sua pessoa, em seu presente. Ao conversar um pouco com o poeta, temos a sensação de que estamos ouvindo um grande compositor, pela escolha das palavras, pelo ritmo que conduz os fios da meada.
Embora grande parte da sua obra seja voltada para o público infantil, o seu livro de estreia, “Pedra Solidão” (1965), é para adultos. É dessa obra o seu poema mais conhecido, “Pássaro em vertical”. 
Sobre escrever para crianças e adultos, Libério Neves deixa claro o respeito ao potencial dos seus leitores. Em outras palavras, o poeta não separa muito essas denominações. 
Eu escrevo para a criança que sou. 
E para a criança que sempre serei.”

II. Trabalho de revisor de textos
É bom destacar que Libério Neves atua nessa área há mais de quatro décadas. Ele é, sem sombra de dúvida, um profundo conhecedor da gramática normativa. Trata o texto dos outros escritores com enorme respeito e sinceridade. Sabe de quem ele era considerado o revisor de confiança? Bartolomeu Campos de Queirós. Precisa dizer mais?

III. Os poetas do mestre

Libério Neves trocou correspondências com Affonso Ávila, Carlos Drummond de Andrade, Dantas Motta, Henriqueta Lisboa, José Paulo Paes, Oswaldo França Júnior e Silviano Santiago. Um time de escritores para o mundo inteiro aplaudir. Ao se referir aos seus três poetas prediletos, ele declamou os versos abaixo:


“A HORA QUE
O DRUMMOND JOGA
A CASCA DA BANANA
F         O             R         A
O CABRAL CATA
E FAZ UM POEMA
S           O         B            R       E
A CASCA DA BANANA”
Sentados na sala da Editora Lê, eu ouvia encantado a experiência do senhor Libério. A sua “música verbal” é sedutora por demais. Muitas imagens vinham à minha mente. Séculos e séculos da boa literatura naqueles poucos minutos. Fiquei mais menino, mais leve, tocado pelas palavras do mestre. Confesso que, às vezes, eu mexia no sofá para me certificar se tudo aquilo era de verdade.
Sabe as histórias que a gente ouve de um Drummond com Mário, de uma Clarice com um Lúcio Cardoso? Eu estava ali, no meio de um monte de relatos, com o principal representante do Concretismo em Minas, com o poeta que conviveu com Murilo Rubião e Emílio Moura. Ao lado de um artista que acredita “mais em motivação”. Numa entrevista ao jornalista João Pombo Barile, Libério Neves disse:
“Imagina. Um dia você acorda e diz: hoje estou inspirado, vou escrever um poema. Mas sobre o quê, o que vai te motivar a escrever? Inspirado em quê? A inspiração existe, mas motivação a dirige”.  (BARILE, João Pombo. Suplemento Literário de Minas Gerais, 2010, p.7)
         Nessa “linha de poesia mais sintética, mais descarnada, mais despojada da gordura de adjetivos e coisas assim”, Libério Neves me contou que a composição do livro “Voa, palavra” surgiu a partir de vários passeios ao zoológico de Belo Horizonte, das visitas aos pássaros que realizava com uma de suas filhas.
Na hora do café servido pela equipe da Editora, com direito as maravilhas de Minas, descobri o outro lado do poeta. O "danado", com todo respeito, é muito bom de anedotas. Tinha uma história, um causo para cada assunto. Um astral elevadíssimo. Não tinha como não sorrir. O meu sorriso era assim meio abobado, sabe? Talvez porque o encontro estivesse chegando ao fim.
Abraçamos-nos. Um abraço forte, daquele de vovô, bem apertado. Desci a Rua Januária .........leve, carregando dois livros autografados e com uma enorme alegria. Muito obrigado, Clarisse Bruno, Carminha, Alencar, Everson e todos os funcionários da Lê que promoveram esse inesquecível encontro. Libério Neves, muito obrigado pela prosa e muito sucesso nesse rico universo de prosa e verso.

"Quatro patinhas no muro" veio ao mundo numa linda manhã de sábado, ainda no outono.

Era o dia do aniversário do ilustrador Walter Lara. A loja da Paulinas, na Avenida Afonso Pena, estava em festa: lançamento do décimo livro de Elizete Lisboa!

" Quatro patinhas no muro" conta a história de Lualva, uma criaturinha muito trabalho a, dessas que nos encanta de primeira. 

Lualva é uma vira-lata engraçada, com uma energia daquelas, que deseja subir em tudo, roer um monte móveis.

Lualva é uma cachorrinha levada!

Depois de muito aprontar, Lualva vai enfrentar um grande desafio. Qual? Isso nós não podemos contar.

Cecília, A menina do Baú Vermelho, disse que contar o final não é nada legal ... Legal mesmo vai ser você pegar esse maravilhoso livro e ler a história todinha...

Um grande abraço, 
Menina do Baú Vermelho
Sr. Farelo







Em tempos de crises e momentos ruins, a arte sempre foi fundamental na vida da sociedade e isso não é diferente no mundo literário. Em “O circo mecânico Tresauti” de Genevieve Valentine, o mundo sofre um período intenso, onde cidades e vidas foram dizimadas por uma guerra fervorosa. Na tentativa de minimizar esse cenário surge “O circo Tresauti”, comandado por Boss, que viaja constantemente e por vezes foge do governo. O livro é narrado em várias vozes, e dessa forma podemos ter a visão de muitos personagens.

Inicialmente, temos uma apresentação da história e da narrativa de cada personagem, mostrando a importância que o circo teve na vida de cada um, que sempre foram vistos como os desajustados da sociedade. Com isso, sempre voltamos ao passado de cada um e, aos poucos, conhecemos e nos apegamos aos artistas.

No desenrolar do livro, conhecemos a história do par de asas que está presente na sala de Boss e porque cada personagem gostaria de tê-la. Tudo isso leva o enredo ao sequestro repentino da líder, o que desestabiliza todo aquele lugar.
A história é cercada de pontos importantes e críticos, que servem não só para entreter, mas para que o leitor observe através da distopia um pouco do nosso mundo e dos nossos problemas. Além disso, a obra foi publicada em 2016 e reflete nossos principais dilemas internos contemporâneos.

“O circo mecânico Tresauti” é uma ótima opção para as férias e finais de semana, pois é um livro com uma leitura rápida, que faz com que não nos dê vontade de parar de ler. Sem contar, com a arte feita pela conhecida “DarkSide” que já nos deixa a intenção de querer comprar o livro na primeira ida à livraria.

Receber uma obra com a dedicatória/autógrafo do escritor é uma experiência que me enche de alegria. Eis uma das felicidades no universo da literatura!
Nessa semana recebi A neta de Anita. Assim que o carteiro deixou o envelope, Cecília ficou curiosa.

– É um livro que ganhei, filha.

– Posso abrir? Quando você vai ler? Será que é um livro de poemas?

– Vamos com calma. No momento estou muito apertado com as provas pra corrigir. (Coisas da vida de professor ...rs) 

– Mas, pai, não custa nada você parar um pouquinho e...

– Amanhã à tarde, depois do colégio, você abre o envelope. Eu leio o livro em voz alta. O que acha?

E foi assim que aconteceu.

A garota do Baú Vermelho ficou tão encantada com a história que saiu da cadeira para dividir o assento no sofá, quase no meu colo. Fez questão de percorrer  as páginas, encantando-se ora com a protagonista,  ora com as ilustrações. Mergulhamos na narrativa.

Para o escritor Anderson de Oliveira, confesso que a maior alegria de um professor de Literatura foi quando, assim do nada, de modo espontâneo, a Cecília disse:

– Uai, pai, parece que é um poema! Tem rima em algumas palavras...

Cecília descobriu que sua prosa é poética, meu amigo. Quer presente maior do que esse?

Para o ilustrador  Alexandre Rampazo, relato que o “Sol muito intenso” despertou, na pequena leitora, um outro olhar para a neta da Anita. Na verdade, foi a partir dessa imagem que minha filha passou a tocar, a sentir de forma mais intensa as cores da narrativa.

Aproveito para parabenizar ao Anderson de Oliveira, ao ilustrador  Alexandre Rampazo, a todos os profissionais da Mazza Edições!


"Ao ler este livro, você caminhará ao lado de uma criança bela, corajosa e sensível, fortalecida por sua ancestralidade, mas que também vivencia o racismo e a discriminação. Situações fortes e presentes na infância, esses desafios são identificados pela neta de Anita – filha do Sol – e, de maneira delicada, mas com o vigor necessário, serão enfrentados por meio da cumplicidade e do conhecimento." 
 - Mara Evaristo
 Detalhes:
22º título: A neta de Anita
Autor: Anderson de Oliveira
Ilustrador: Alexandre Rampazo

Editora: Mazza 
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